O Palmeiras perdeu para o Bahia por 1 a 0 na primeira partida do Brasileirão. A revanche no segundo turno era crucial em um momento em que o time luta pela liderança do campeonato, e o tricolor parecia em declínio.
A situação foi ainda mais complicada porque o Bahia jogou sem seu principal jogador, o volante Jean Lucas, convocado para a seleção brasileira. Porém, as expectativas não se concretizaram para o time de Abel Ferreira.
O estado do gramado era ruim, levantando a questão sobre a preferência entre gramados naturais de qualidade inferior ou gramados artificiais de qualidade superior.
Além disso, em menos de meia hora de jogo, o Palmeiras perdeu Lucas Evangelista e Piquerez por contusão, diante de mais de 45 mil torcedores fervorosos do Tricolor.
Quando o jogo se encaminhava para um empate sem gols, Ademir retornou após lesão e, em um lançamento do goleiro Ronaldo, marcou um gol. A partir desse momento, a recuperação do Palmeiras se tornou inviável, e Ademir quase ampliou o placar nos acréscimos, mas desperdiçou a chance.
A derrota foi dura, especialmente porque o Palmeiras parecia ter encontrado um bom momento, considerando seus resultados e desempenhos recentes.
Fica a esperança de que isso tenha sido apenas um acidente de percurso para o torcedor palmeirense.
Santos de Vojvoda
Com o treinador argentino Juan Vojvoda e sem Neymar, o Santos mostra sinais de recuperação. O time apresentou um desempenho superior ao do Bragantino no empate por 2 a 2, tendo começado em desvantagem, mas conseguiu virar em quatro minutos com gols de Lautaro Díaz e Barreal, embora tenha permitido o empate.
De qualquer forma, o time já exibe um padrão e organização, e ao atuar com 11 jogadores efetivos, conseguiu competir.
Isso pode resultar, ao menos, na permanência na Série A, o que, apesar de ser pouco para a grandeza do Santos, representa muito diante de uma gestão tão problemática.
Intolerância
Renato Gaúcho pediu demissão do Fluminense e fez uma crítica às redes sociais após o quarto lugar na Copa do Mundo e a eliminação na Sul-Americana.
É surpreendente que alguém tão experiente se deixe afetar por comentários negativos na internet, mas a situação levou a uma reflexão interessante do jornalista Thales Machado, editor de Esportes do jornal O Globo.
Ele discute a chamada “síndrome do vencedor inconformado”, onde conquistas não garantem credibilidade. “O clube deixa de ser comunidade, torna-se uma lanchonete, onde a frustração é tratada como falha no serviço”, escreve.
E conclui: “O futebol sempre foi feito de frustração. A alegria surge da raridade do triunfo. Sofrer junto, rir junto, se consolar no bar ou na arquibancada: essa sempre foi a essência. O pacto nunca foi de felicidade garantida, mas de pertencimento. Torcer é aguentar: vinte anos sem título, noventa minutos de sofrimento, a certeza de que a vida é mais perda do que ganho. É um contrato de sofrência, e não de consumo”.
É isso!
Ser campeão continental ontem e perder o campeonato estadual hoje equivalem, em uma contabilidade falha, a algo que afasta o que há de mais sagrado no coração do verdadeiro torcedor: o sentimento de pertencimento.