Wanderlei Silva, lenda do MMA, anunciou em suas redes sociais no domingo (28) que ainda enfrenta “muita tontura e uma dor de cabeça que não passa”. Na madrugada, ele foi nocauteado durante uma briga generalizada após lutar com o ex-boxeador Acelino Freitas, o Popó.
Os dois se enfrentaram na Spaten Fight Night 2, um evento fora do circuito profissional, mas reconhecido pelo Conselho Nacional de Boxe (CNB). Ao término da luta, que resultou na desclassificação de Wanderlei por golpes ilegais, as equipes de ambos os lutadores invadiram o ringue e iniciaram uma briga.
Imagens transmitidas pela TV Globo e compartilhadas nas redes sociais mostram que Wanderlei levou um soco na parte de trás da cabeça e outro no rosto, este último o derrubando no chão, onde ficou por vários momentos.
Após a confusão, Wanderlei, já consciente, foi levado de ambulância para o hospital São Luiz, na zona sul de São Paulo.
“Fui muito bem assistido pelo evento e levei para o hospital ontem, onde fiz exames. Como estou com muita dor de cabeça, vou realizar novos exames aqui em Curitiba para verificar se tive alguma lesão mais grave”, disse o ex-lutador em uma publicação no Instagram. “Vou consultar um oftalmologista, pois não consigo abrir o olho. Esse foi o estrago causado ontem.”
Mais cedo naquele domingo, o amigo de Wanderlei, Fabrício Werdum, compartilhou um vídeo com áudios de uma conversa que teve com Popó na sexta (26), pedindo que o ex-boxeador e sua equipe não ofendessem Wanderlei e mantivessem as provocações apenas entre os lutadores.
Werdum pediu para que a equipe de Popó não ofendesse Wanderlei, afirmando que discussões são normais, mas que deveriam ser mantidas pacíficas entre as equipes.
Popó, por sua vez, negou qualquer desrespeito e afirmou que havia apenas provocações. “Ao contrário de Wanderlei Silva, que me chamou de bunda-mole”, acrescentou, enfatizando que, ao seu ver, todos iriam “apanhar” se situações como aquela continuassem.
O advogado de Wanderlei, Claudio Dalledone, disse nas redes sociais que o lutador foi nocauteado “criminosamente” e que os áudios de Werdum demonstram a intenção da equipe de Popó em causar danos ao lutador de MMA.
Dalledone afirmou que quem agrediu Wanderlei de maneira traiçoeira, um homem de 50 anos que estava em desvantagem, será responsabilizado criminalmente, citando a possibilidade de dolo eventual ou tentativa de homicídio.
Nos áudios, Popó menciona que havia uma predisposição de sua equipe para agredir. À Folha, ele afirmou que “a turma nervosa” de Wanderlei tentou justificar os golpes ilegais que ele havia utilizado durante a luta.
Popó comentou que não houve agressões da parte deles e destacou um vídeo que mostrava Wanderlei atacando seu filho, afirmando que recebeu diversos socos em meio à confusão.