A Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) confirmaram nesta segunda-feira (8) que a incorporação de ações da BRF pela Marfrig será concluída em 22 de setembro de 2025.
A partir dessa data, as ações da BRF deixarão de existir na B3, e os acionistas passarão a deter papéis da Marfrig, que estrearão em bolsa no dia seguinte, 23 de setembro, sob o novo ticker MBRF3.
A conversão seguirá a proporção definida anteriormente: 0,8521 ação da Marfrig para cada papel da BRF.
No caso de frações, haverá agrupamento e posterior leilão, com o valor líquido distribuído proporcionalmente entre os antigos acionistas da BRF.
Alguns investidores optaram pelo exercício do direito de retirada, resultando em 9,98 milhões de ações da BRF e 5 ações da Marfrig devolvidas, o que equivale a R$ 198,5 milhões e R$ 16,60, respectivamente.
As empresas destacaram que esses valores não comprometem sua estrutura de capital nem a execução da fusão.
Dividendos e JCP somam R$ 5,6 bilhões
Em paralelo à confirmação da data da fusão, os conselhos aprovaram a distribuição de proventos.
A BRF anunciou R$ 3,32 bilhões, sendo R$ 2,92 bilhões em dividendos (R$ 1,83 por ação) e R$ 400 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), equivalentes a R$ 0,25 por ação.
Já a Marfrig declarou R$ 2,34 bilhões em dividendos, correspondendo a R$ 2,81 por ação.
Os pagamentos serão feitos em parcela única: 29 de setembro para acionistas da BRF e 30 de setembro para acionistas da Marfrig, considerando a posição acionária de 18 de setembro. As ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos/JCP” a partir de 19 de setembro.
Próximos passos da fusão
As companhias informaram que ainda publicarão avisos detalhados aos acionistas com orientações sobre o pagamento dos reembolsos, a distribuição de proventos e os procedimentos aplicáveis a investidores estrangeiros.
Entre as instruções estarão as regras para retenção de imposto de renda sobre eventual ganho de capital.
A operação marca uma nova etapa no setor de alimentos do Brasil, unindo duas gigantes em uma estrutura mais bem preparada para enfrentar a concorrência global e ampliar eficiência operacional.