Na segunda-feira, 6 de outubro de 2025, o Ibovespa registrou uma nova queda, aproximando-se da faixa de 143 mil pontos, após se manter entre 145 e 146 mil até o início do mês. O índice enfrenta dificuldades para subir após uma sequência de máximas históricas desde agosto, período em que fechou o mês em 141,4 mil pontos, e posteriormente atingiu 147,5 mil pontos nos dias 29 e 30 de setembro.

No dia, o Ibovespa variou entre 143.375,67 e 144.531,61 pontos, abriu em 144.202,17 e fechou com uma baixa de 0,41%, a 143.608,08 pontos. O volume financeiro foi de R$ 16,7 bilhões. No acumulado do mês, o índice caiu 1,80%, mas apresenta uma alta de 19,39% no ano. Entre as últimas cinco sessões, apenas uma apresentou resultados positivos.
Vale sustenta o índice, mas bancos pressionam
A baixa do índice não foi mais acentuada devido à valorização de 1,71% das ações da Vale ON (VALE3), que chegou a ter alta superior a 2%. No entanto, o setor financeiro, que tem maior peso no índice, pressionou para baixo, com recuos de Itaú PN (-1,15%), Bradesco (-0,82% ON; -0,58% PN), Santander (-0,83%) e Banco do Brasil (-0,79%).
Outro destaque negativo foi a Petrobras (PETR3 -0,57%; PETR4 -0,90%), que enfrentou dificuldades, mesmo diante da alta do petróleo, após a Opep+ anunciar uma elevação na produção abaixo do esperado para novembro.
Na ponta negativa, Raízen (-3,96%), Natura (-3,70%) e Azzas (-2,75%) apresentaram algumas das maiores perdas. Em contraste, além da Vale, CSN (+6,46%), CSN Mineração (+3,41%) e Usiminas (+3,39%) mostraram crescimento, apesar da redução de liquidez no mercado de minério de ferro devido ao feriado da Golden Week na China.
Expectativa por dados de inflação e ata do Fed
Felipe Paletta, estrategista da EQI Research, comentou que a sessão refletiu uma correção em cerca de 80% dos papéis do Ibovespa, com destaque para as small caps, que caíram mais de 1%.
“Tivemos reciclagem de posições, com foco em médio e longo prazo, aproveitando o momento para realização de lucros, apesar da queda na curva de juros”, observou.
Paletta também enfatizou o baixo volume financeiro intensificado pela agenda cheia da semana, que inclui a divulgação do IPCA de setembro e a ata da reunião do Federal Reserve (Fed), que em setembro iniciou o ciclo de afrouxamento monetário.
Em Nova York, os principais índices registraram novos recordes de fechamento: o S&P 500 subiu 0,42%, o Dow Jones aumentou 0,35% e o Nasdaq, 0,58%, impulsionados por resultados positivos no setor de tecnologia.
Maiores altas e maiores baixas
Cotações de
Ações
Cotações extraídas em 06/10/2025 às 18:57
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Maiores Altas
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Maiores Baixas
*Cotações extraídas em 06/10/2025 às 18:57
Com Estadão Conteúdo