A Reag Investimentos (REAG3) está oficialmente sob novo comando. Com isso, pretende manter as atividades de gestão de recursos, mas possivelmente sob um novo nome e sem ações listadas na Bolsa.
Maior gestora independente do Brasil, a Reag foi citada na megaoperação que investigou o uso de fundos de investimentos pelo crime organizado. Por isso, está reestruturando a sua governança para tentar afastar os questionamentos gerados pela investigação.
O primeiro passo desse processo foi a venda do controle da companhia. A transação foi anunciada em setembro e concluída nessa terça-feira (14), após um acordo entre o fundador e alguns dos principais executivos da gestora.
Reunidos na Arandu Partners Holding, os executivos compraram a fatia de 87,38% da Reag que seguia nas mãos do seu fundador, João Carlos Mansur. Com isso, a Reag Investimentos deixou de integrar o Grupo Reag e deve ganhar uma nova cara.
Os planos do novo controlador
A Arandu pretende manter a estratégia de ser uma holding de gestoras de recursos de terceiros, embora a Reag tenha tentado vender ativos nas últimas semanas.
A holding, por outro lado, prometeu convocar “oportunamente” uma assembleia de acionistas para discutir a mudança da denominação social da empresa.
Além disso, adiantou que pretende cancelar o registro de companhia aberta da Reag no prazo de um ano, o que deve levar à saída da gestora da B3.
De toda forma, uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) já deve ser lançada em breve, devido à mudança no controle da companhia.
“A Compradora acredita que a concretização da Operação permitirá a adequada continuidade dos negócios da Companhia, resguardando o interesse social no longo prazo”, afirmou a Reag, ao anunciar a conclusão da venda do seu controle, em fato relevante divulgado na terça-feira (14).
A Arandu deve pagar R$ 100 milhões, além de prestações mensais equivalentes a 5% da receita líquida mensal da gestora ao longo de cinco anos, pelo negócio.