O pedido deve ser protocolado na próxima segunda-feira (21) na Justiça do Rio de Janeiro, diante da intensificação da crise financeira da companhia de gestão ambiental.
A deterioração da confiança do mercado foi acelerada por incertezas envolvendo a real situação do caixa da empresa e entraves nas negociações com credores.
Até então, a companhia buscava evitar a via judicial, priorizando uma recuperação extrajudicial. No entanto, o prazo para essa alternativa está se esgotando.
A medida cautelar que protege a empresa contra cobranças judiciais expira no final da próxima semana, obrigando a empresa a tomar uma decisão até o dia 27 de outubro.
Um dos obstáculos enfrentados foi a disputa sobre o foro responsável pelo processo: enquanto os principais credores pressionavam para levar a discussão para São Paulo, a empresa insistia em manter o Rio de Janeiro como base legal.
Além disso, a pulverização da dívida — estimada em mais de R$ 5 bilhões (cerca de US$ 1 bilhão) — entre investidores estrangeiros dificulta o quórum necessário para um acordo extrajudicial.
A sucessão de fatos negativos — como a saída do CFO, a judicialização contra credores e as incertezas sobre a liquidez real da empresa — ampliou a percepção de risco entre investidores.
Recentemente, também veio à tona a suspeita de irregularidades em um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) no qual a empresa afirma manter grande parte de seu caixa.
Caso a recuperação judicial seja confirmada na próxima semana, será mais um capítulo de instabilidade para uma companhia que, até pouco tempo, era considerada promissora no setor de serviços ambientais.