Com a repercussão do comunicado, as ações da Braskem subiram 2,72%, cotadas a R$ 6,43, às 15h43, horário de Brasília desta segunda-feira (20). Se um investidor tivesse aplicado R$ 1 mil há um ano, hoje teria R$ 348,95, segundo dados do Investidor10.
O movimento de alta dos ativos ocorre uma semana após uma queda de quase 7% no fechamento da última quinta-feira (16), quando o Santander cortou a recomendação da companhia.
Entre os fatores destacados pelo banco para essa mudança estão a baixa visibilidade e o aumento do risco de liquidez da Braskem. No final de setembro, a petroquímica anunciou a contratação de assessores para reestruturação de seu capital.
“A incerteza sobre a estrutura acionária (Novonor, Petrobras e credores) deixa os acionistas minoritários expostos a três possíveis desfechos: capitalização, conversão da dívida em ações ou haircut (perdão parcial de dívida)”, afirmou o banco.
A Braskem fechou o segundo trimestre de 2025 com uma dívida líquida de US$ 6,8 bilhões e um múltiplo de alavancagem de 10,59x, considerando a relação com o Ebitda (Lucros Antes de Juros e Impostos).
Os analistas estimam uma queima de caixa de aproximadamente US$ 310 milhões em 2026, podendo chegar a US$ 1 bilhão em 18 meses se os incentivos fiscais não forem totalmente implementados. “Assim, a liquidez pode ficar abaixo do mínimo exigido”.
Segundo o Santander, há três alternativas em consideração para a Braskem: capitalização pelos acionistas existentes, conversão de dívida em ações ou eventual redução da dívida. Com isso, o preço-alvo das ações da Braskem foi reduzido pelo Santander para US$ 2,80, ante US$ 4,50 anteriormente.






