Apesar do recuo no lucro, a companhia destacou que espera ritmo aquecido nas entregas de ônibus em outubro e novembro, refletindo a sazonalidade típica do setor.
No entanto, a empresa prevê uma desaceleração das entregas em dezembro devido às férias coletivas em montadoras de chassis, o que pode se estender ao início de janeiro de 2026.
Receita cresce com apoio das exportações
O Ebitda da empresa totalizou R$ 419,8 milhões entre julho e setembro, recuo de 9,9% na comparação anual. Analistas projetavam um Ebitda de R$ 451,2 milhões, segundo a média compilada pela LSEG.
Mesmo com os indicadores pressionados, a Marcopolo conseguiu elevar sua receita líquida operacional para R$ 2,5 bilhões, crescimento de 8,2% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
O avanço foi sustentado, principalmente, por um forte desempenho no mercado internacional, com aumento de 43% nas exportações a partir do Brasil e alta de 51,3% nas vendas das unidades fora do país.
Por outro lado, a operação doméstica enfrentou dificuldades. A receita no Brasil caiu 15,2%, somando R$ 1,24 bilhão.
Segundo a empresa, o mercado interno foi impactado pelos altos custos de financiamento, que reduziram a demanda por novos veículos.
Produção estável, mas mercado interno desacelera
A produção da Marcopolo no trimestre somou 4.127 unidades, número estável frente ao mesmo período do ano anterior.
No entanto, a empresa apontou que o setor de carrocerias no Brasil como um todo recuou 2,2%, totalizando 7.253 unidades no trimestre.
No balanço, a companhia afirmou que “na comparação com o mesmo trimestre de 2024, a estabilidade de volumes está associada ao arrefecimento do mercado interno, especialmente no segmento de rodoviários e ‘Volares’, sendo parcialmente compensado com o crescimento de volumes das exportações e nas operações internacionais da companhia”.
Perspectivas para o 4º trimestre
Para o último trimestre do ano, a Marcopolo mantém projeções otimistas. No segmento de ônibus rodoviários, a empresa informou que a carteira de pedidos segue com perfil mais robusto e deve sustentar os níveis atuais de produção.
No segmento urbano, há expectativa de crescimento sequencial, com destaque para a retomada de relevância dos modelos pesados e articulados.
 
			 
			


 
							



