Considerado um dos principais ativos de proteção em tempos de incerteza, o ouro se destacou frente a outros investimentos nos últimos cinco anos. Quem aplicou R$ 10 mil no metal em 2020, hoje teria R$ 21.459 — um ganho de 114,59% no período.
O cálculo é de Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital, que utilizou como referência o ETF GOLD11, fundo que acompanha a cotação internacional do ouro ajustada pelo câmbio.
No mesmo intervalo, o IMAB11, que representa os títulos públicos de inflação, acumulou alta de 35,32%. Ou seja, o ouro teve um desempenho mais de três vezes superior.
O IPCA, principal índice de inflação do país, registrou cerca de 30% de alta no período. Com isso, o ouro garantiu um ganho real (descontada a inflação) de aproximadamente 85%.
Por que o ouro subiu tanto?
Segundo Trevisan, o resultado foi impulsionado por dois fatores principais:
- A valorização do ouro no mercado internacional, que passou de US$ 1.500 para US$ 2.400 por onça-troy.
- A alta do dólar, que saiu de R$ 4 para níveis acima de R$ 5.
Ainda vale a pena investir em ouro?
Na visão do especialista, sim. Ele afirma que o ouro mantém seu papel como ativo defensivo em um cenário marcado por juros em queda nos Estados Unidos, instabilidades fiscais e incertezas geopolíticas globais.
Apesar disso, Trevisan reforça que “nada substitui a renda fixa ou variável”, e que o ideal é utilizar o metal como um componente estratégico para equilibrar riscos na carteira.
Entre as formas mais acessíveis de investir em ouro estão os ETFs, como o GOLD11. Eles acompanham o preço internacional do metal e evitam custos com armazenagem, transporte ou certificação.






