
Cortes de juros alimentam otimismo nas ações
O BTG Pactual vê os ciclos de flexibilização monetária — já em andamento nos Estados Unidos e projetados para o início de 2026 no Brasil — como principal motor para o desempenho das ações nos próximos meses. O banco manteve quase intacta sua carteira 10SIM, reforçando nomes com potencial de valorização e dividendos consistentes.
Entre os destaques estão Itaú Unibanco (ITUB4) e Nubank (ROXO34), que juntos representam 20% da carteira. O Itaú segue como “Top Pick” entre os bancos incumbentes, com ganhos de eficiência e novas estratégias digitais previstas para 2026. Já o Nubank se destaca pela expansão internacional, com operações ganhando força no México e plano de abrir uma unidade nos EUA.
No setor elétrico, o BTG aumentou exposição a Copel (CPLE6) e Equatorial (EQTL3), que juntas somam 25% do portfólio. Ambas figuram entre as empresas mais bem posicionadas para eventuais dividendos extraordinários, diante das mudanças tributárias previstas para o próximo ano.
Construção civil e dividendos seguem no radar
A aposta do BTG em Direcional (DIRR3) reforça a tese de que as construtoras populares continuam entre as melhores oportunidades em ações. A casa projeta dividend yield de até 13% para a empresa, beneficiada pelo bom momento do programa habitacional e pela execução operacional eficiente.
Além dela, Cyrela (CYRE3) segue no portfólio como nome de qualidade dentro do segmento, com lucros crescentes e potencial para distribuição adicional de dividendos de 9% a 10%.
Andbank mantém postura conservadora com foco em dividendos
A Carteira Meta Ações do Andbank segue sem alterações em novembro, com portfólio equilibrado e foco em companhias resilientes. O banco reforça BB Seguridade (BBSE3), Bradesco (BBDC4), Copel (CPLE6), Eletrobras (ELET6), Itaú Unibanco (ITUB4), Itaúsa (ITSA4), Minerva (BEEF3), PetroRio (PRIO3), Telefônica (VIVT3) e Vale (VALE3).
A BB Seguridade permanece entre as preferidas, com lucro líquido de R$ 2,2 bilhões (+20% a/a) e dividend yield de 8,8%. Já o Itaú exibe ROE de 23,3%, o mais alto do setor, enquanto Itaúsa e Eletrobras reforçam o perfil de boas pagadoras de dividendos. A Vale, por sua vez, mantém geração de caixa robusta e abre espaço para dividendos adicionais caso o minério se mantenha valorizado.
Genial e BB reforçam aposta nas empresas domésticas
Para a Genial Investimentos, o juro real de 10% mantém o Brasil atrativo para quem busca oportunidades em ações domésticas. O estrategista Filipe Villegas reforça que, apesar do ruído fiscal, a inflação controlada e a perspectiva de cortes na Selic em 2026 sustentam o apetite por risco.
Na carteira Ibovespa 10+, a Genial adicionou Eletrobras (ELET3), Rede D’Or (RDOR3) e Tim (TIMS3), mantendo foco em companhias sólidas e de alta liquidez, enquanto o BB Investimentos renovou integralmente sua Carteira 5+. O portfólio do BB, que acumula 28% de valorização no ano, agora conta com CVC (CVCB3), Cemig (CMIG4), Porto Seguro (PSSA3), TIM (TIMS3) e WEG (WEGE3).
Perspectivas: juros menores, mais espaço para ações
Mesmo com o cenário global desafiador, as casas convergem em um ponto: o início do ciclo de cortes de juros pode destravar valor e impulsionar o apetite por ações brasileiras.
Como resume o relatório do BTG Pactual sobre a recomendação das ações, “a combinação de queda nas taxas nos EUA e início da flexibilização no Brasil segue como o catalisador mais poderoso para o mercado acionário local nos próximos meses”.
			
			


							


