O desempenho confirma a consistência operacional do banco e ficou em linha com as expectativas do mercado. Analistas consultados pela Reuters projetavam, em mediana, um lucro de R$ 11,87 bilhões.
No Brasil, o ROE foi ainda maior, subindo de 23,8% para 24,2% na mesma base de comparação. Os dados reforçam o Itaú como o banco mais rentável entre os grandes players do setor.
Um dos principais motores do trimestre foi o avanço da margem financeira com clientes, que cresceu 11% na comparação anual, refletindo tanto a expansão da carteira de crédito quanto uma melhor rentabilidade obtida com os passivos.
A carteira de crédito total atingiu R$ 1,402 trilhão, alta de 6,4% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.
O segmento de pessoas físicas foi destaque, com expansão de 6,5% no período, puxado principalmente pelo crescimento do crédito imobiliário (+15,2%), seguido por cartão de crédito (+6,7%) e crédito pessoal (+3,8%).
A qualidade da carteira também foi um ponto positivo. A taxa de inadimplência acima de 90 dias ficou estável em 1,9% no trimestre.
No Brasil, o índice de inadimplência para pessoas físicas atingiu o menor patamar já registrado, indicando um ambiente mais saudável de concessão de crédito.
As receitas com prestação de serviços e seguros aumentaram 7,1% na comparação anual, impulsionadas pelo crescimento da emissão de cartões e pelo maior volume de pagamentos e recebimentos.
A área de seguros teve um desempenho expressivo, com crescimento de 17,8% no resultado, graças ao aumento dos prêmios ganhos. Já as despesas não relacionadas a juros totalizaram R$ 17,2 bilhões, o que representa uma alta de 7,6% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
O banco explicou que o crescimento está associado aos investimentos contínuos em tecnologia, tanto em pessoal quanto em infraestrutura, além do reajuste salarial estabelecido no novo acordo coletivo de trabalho a partir de setembro.
Mesmo com os custos mais altos, o Itaú conseguiu melhorar seu índice de eficiência, que atingiu 37,7% no Brasil — o melhor nível da série histórica para um terceiro trimestre. O indicador mede quanto do faturamento é consumido pelas despesas operacionais, e quanto menor o número, melhor o desempenho.
Outro destaque do balanço foi a revisão positiva na projeção da margem financeira com o mercado para 2025. O banco agora espera um crescimento entre R$ 3,0 bilhões e R$ 3,5 bilhões na linha, puxado por resultados mais fortes do que o previsto na mesa de operações (trading).






