A Caixa Econômica Federal optou por adiar o lançamento da sua aposta digital. A decisão foi influenciada pela Secom da Presidência, que solicitou foco em outras áreas, como o programa de reforma de moradias, com orçamento de R$ 40 bilhões. Uma linha de crédito específica para motoboys também está em planejamento.
Um membro do governo informou que a aposta digital não é uma prioridade no momento, dado que outras entregas, incluindo medidas ambientais, estão previstas. O plano original era anunciar a aposta ainda em 2025, com operação prevista para 2026 e arrecadação projetada de R$ 2,5 bilhões.
A decisão não foi bem recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reuniu com o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira. A nova casa de apostas havia sido aprovada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, que avalia se as empresas atendem aos requisitos necessários para operar no mercado de apostas.
Setor de jogos on-line movimentou R$ 17,4 bilhões
O setor de jogos on-line movimentou R$ 17,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, valor que representa o total apostado, descontados os prêmios pagos, ou seja, o gasto líquido dos apostadores. A média por usuário ativo alcançou R$ 983 no período, o que corresponde a cerca de 10% do salário-mínimo atual de R$ 1.518, segundo a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.
A geração Z, com idades entre 16 e 28 anos, é a mais ativa entre os usuários de aplicativos de apostas, com 25% de participação. Em seguida estão os millennials (29 a 43 anos), com 21%. A geração X (44 a 63 anos) e os boomers (acima de 64 anos) apresentam percentuais menores, com 6% e 2%, respectivamente, de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).






