Na noite desta quarta-feira (5), o Senado Federal aprovou um projeto de lei que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Com isso, o texto segue para sanção do presidente Lula e deve entrar em vigor em janeiro de 2026.
Além dos benefícios que a diminuição do tributo trará para a população, economistas já calculam que a isenção impulsionará a economia brasileira. Uma análise feita pela MB Associados, divulgada pela CNN Brasil, mostra que o potencial de acréscimo no PIB (Produto Interno Bruto) pode ser de até 0,6 ponto percentual já no próximo ano.
Outros cálculos já haviam sido feitos por diferentes entidades, que optaram por projeções mais conservadoras. Algumas estimativas indicam um acréscimo adicional de 0,3% e até 0,25% no mesmo ano, como é o caso do Santander.
No final, mesmo com a perda de arrecadação, o governo receberá uma parte desse valor, que será reinvestido no consumo e gerará novos impostos. Portanto, além de compensar a mudança com a taxação das pessoas mais ricas, os tributos sobre esse novo adicional também retornarão aos cofres públicos.
Para os especialistas, esses valores devem ser utilizados para reduzir o rombo fiscal. Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), destaca que essa quantia será ainda mais relevante no primeiro semestre do ano, quando, historicamente, os potenciais isentos costumam declarar o Imposto de Renda.
Economia de R$ 312 por mês
Levantamentos indicam que a economia anual de uma família isenta de Imposto de Renda será superior a R$ 4 mil. Na proporção mensal, a nova regra permitirá economias de R$ 312,89, de acordo com dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Unafisco Nacional).
A nova regra ainda não está em vigor, mas quem recebe até R$ 5 mil não precisará mais se preocupar com o pagamento do Imposto de Renda em 2026. Aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7.350 não estarão completamente isentos, mas serão beneficiados por uma alíquota menor.






