
O fundo imobiliário SNEL11, da Suno Asset, continua atingindo máximas históricas após a divulgação do relatório gerencial de setembro, que já contabiliza ajustes por proventos. O documento aumentou a transparência sobre a previsibilidade de receitas do portfólio de usinas fotovoltaicas e confirmou que a estratégia mudou do desenvolvimento para ativos operacionais, com contratos firmes e fluxo de caixa mais estável.
Esse realinhamento foi bem recebido pelos cotistas, que percebem maior visibilidade de rendimentos e mantiveram o interesse por cotas do fundo. Em outubro, o SNEL11 manteve robustez na liquidez, com um volume médio diário de R$ 1,376 milhão, pelo sexto mês consecutivo acima de R$ 1 milhão.
O relatório abordou a principal dúvida dos investidores: a diferença entre receita contábil e provento pago, de aproximadamente R$ 0,10 por cota. A gestora explicou a dinâmica desse gap e sua tendência de convergência com a maturação dos projetos e a regularização de recebíveis acumulados.
A Suno Asset apresentou o calendário de incorporação de novas plantas e apresentou métricas de produtividade que sustentam a continuidade dos proventos. Desde a terceira oferta, a administração priorizou a aquisição de usinas prontas, reduzindo riscos construtivos e acelerando a captura de caixa. Esse ajuste reforça a tese do SNEL11 como um veículo de renda com maior previsibilidade.
Especialistas afirmam que a reestruturação do portfólio reduz a volatilidade no curto prazo e facilita a projeção de fluxo de caixa. É um ciclo típico em infraestrutura listada: começa com o desenvolvimento e, na fase madura, captura um prêmio pela estabilidade. A clareza sobre acordos de arrendamento e indexadores possibilitou projetar proventos com cenários conservadores de produção, diminuindo a dependência de eventos não recorrentes.
Desempenho e potencial de faturamento do SNEL11
O faturamento imobiliário recente ultrapassa R$ 1,6 milhão e tende a aumentar, já que parte das plantas está em ramp-up e há arrendamentos acumulados a serem refletidos nas próximas cobranças. A gestora estima uma arrecadação mensal de R$ 4,870 milhões em regime de maturidade, consolidando uma base para sustentar dividendos nos próximos ciclos. Essa projeção reforça a perspectiva de que a receita operacional deve crescer de maneira consistente e efetiva.
O rally também é sustentado por fatores técnicos, como a menor oferta de cotas à venda e a entrada de novos investimentos após o relatório. Paralelamente, os fundos de energia se destacam como uma alternativa de diversificação de renda, com o SNEL11 se estabelecendo como referência no segmento. Essa classe tende a ser menos sensível ao ambiente macroeconômico do que setores como lajes corporativas e shoppings, favorecendo uma trajetória mais defensiva e previsível para o investidor.






