Setores que se beneficiam de juros elevados, como bancos e seguradoras, costumam registrar margens mais robustas, impulsionadas pelo ganho com o spread (diferença entre juros cobrados e pagos pelos bancos) e pelo resultado financeiro, afirmou Bruna Pacheco, especialista em investimentos e sócia da GT Capital.
Conforme avaliação de Pacheco, empresas exportadoras também podem manter desempenho sólido, pois o juro alto ajuda a conter a inflação e estabiliza o câmbio.
Já os setores da B3 que enfrentam dificuldades são aqueles que dependem diretamente do crédito e de uma economia aquecida, explicou Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos.
Os setores defensivos não dependem tanto do crescimento da economia e, muitas vezes, se beneficiam dos juros altos ou pagam bons dividendos. Em contrapartida, os setores que mais sofrem são os que dependem de crédito e de uma economia aquecida, como o varejo, consumo, construção civil, imóveis, tecnologia e startups, analisou.
Boa notícia para os investidores?
A decisão de manter a taxa Selic em 15% consolida um cenário de retornos robustos para a renda fixa, especialmente para quem busca segurança e liquidez. De acordo com Pacheco, a estabilidade da taxa básica de juros tem um impacto direto e positivo em produtos pós-fixados.
Com a Selic mantida em 15%, o cenário é de estabilidade na remuneração dos títulos pós-fixados, como CDBs, Tesouro Selic e fundos DI, que continuam oferecendo retornos elevados, pois seguem diretamente a taxa básica de juros, explica Pacheco. Esses produtos permanecem como boas opções para quem busca liquidez e baixo risco.
Na mesma linha, Jeff Patzlaff destaca que a manutenção da taxa é uma excelente notícia para quem investe em renda fixa. Para ele, a rentabilidade continua elevada, sobretudo em produtos pós-fixados, que são ideais para reserva de emergência ou oportunidades de curto prazo.
Os investimentos como Tesouro Selic, CDBs de bancos médios, LCIs e LCAs são ótimas opções, pois oferecem rendimentos interessantes com segurança. Já para o médio e longo prazo, os prefixados e os de inflação representam uma grande oportunidade de travar juros altos, afirmou.
Vale lembrar que o Copom realiza reuniões a cada 45 dias para definir o patamar da taxa Selic. Em 2025, o colegiado ainda tem mais um encontro agendado, nos dias 9 e 10 de dezembro.






