Na última sexta-feira (7), a companhia sinalizou que pode entrar em estado de insolvência. Isso indica que a empresa perdeu as condições de quitar suas dívidas, incluindo obrigações não contempladas no plano de recuperação judicial.
O que diz o documento
Em documento enviado à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a empresa e o gestor judicial Bruno Rezende informaram que a operadora pode estar impossibilitada de pagar todo o passivo extraconcursal.
Rezende alertou que, diante do cenário atual, a companhia pode não conseguir cumprir o plano de recuperação judicial ou implementar ações para aumentar sua geração de caixa.
Caso ocorra a liquidação judicial, o gestor pediu autorização para que as operações continuem temporariamente, garantindo a continuidade dos serviços.
“O Sr. Bruno Rezende, Gestor Judicial das Recuperandas e a Companhia peticionaram, na presente data, aduzindo, em conclusão, pela possível caracterização do estado de insolvência do Grupo Oi, seja pela impossibilidade de suportar o pagamento de todo o passivo extraconcursal, seja pelo descumprimento do Plano de Recuperação Judicial em vigor, e pela incapacidade do Grupo Oi em promover medidas de maximização de seu fluxo de caixa”, diz parte do comunicado.
O que mais mexe com as ações
O anúncio chega após uma série de notícias negativas envolvendo a Oi. Uma delas é que a Pimco (Pacific Investment Management Company) reduziu sua participação na Oi para 113.769.004 ações ordinárias, equivalentes a 34,6% do total.
A Oi também anunciou a renúncia de membros de sua diretoria. Entre os que deixaram seus cargos estão Marcelo Milliet, que acumulava as funções de CEO e Diretor de Relações com Investidores; Rodrigo Caldas Toledo Aguiar, CFO; e os conselheiros Paul Murray Keglevic, Scott David Vogel, Paul Stewart Aronzon, Francisco Roman Lamas Mendez-Villamil e Renato Carvalho Franco.






