A Natura (NATU3) reportou um prejuízo líquido recorrente de R$ 119 milhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo o lucro do mesmo período do ano anterior.
Os números refletem um trimestre desafiador para a companhia, marcado por pressões sobre a receita, margens comprimidas e aumento das despesas financeiras líquidas.
De acordo com o balanço divulgado nesta segunda-feira (10), o Ebitda recorrente da empresa foi de R$ 577 milhões, o que representa queda de 33,7% na comparação anual.
A margem Ebitda também sofreu retração, refletindo o cenário mais adverso nas principais unidades de negócio.
A receita líquida totalizou R$ 5,2 bilhões, com recuo de 3,8% em câmbio constante e queda de 13,1% em reais, resultado atribuído principalmente à desaceleração no mercado brasileiro e dificuldades operacionais nas unidades da Argentina e do México.
Em relatório aos investidores, a Natura reconhece que o ambiente macroeconômico desafiador na América Latina, combinado com a instabilidade cambial e os efeitos da reestruturação em curso, contribuiu para o resultado negativo do período.
Desafios operacionais e próximos passos
Após a venda da Aesop e reestruturações recentes, a companhia tenta reverter perdas de eficiência e retomar sua trajetória de crescimento sustentável.
A prioridade, segundo executivos, é reforçar o foco em rentabilidade, simplificar operações e fortalecer o canal de relacionamento com as consultoras e representantes.
O mercado agora aguarda sinalizações mais claras da empresa sobre o andamento da reorganização dos negócios e sua capacidade de reverter o quadro financeiro adverso até 2026.






