A corrida presidencial de 2026 começa a ganhar forma com sinais claros de enfraquecimento eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com pesquisa da Futura Inteligência em parceria com o Instituto Apex, divulgada nesta terça-feira (11), Lula perde para a maioria dos principais nomes da direita e centro-direita em simulações de segundo turno.
O pior desempenho do atual presidente é frente a Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. Neste cenário, Tarcísio lidera com 46,5% das intenções de voto, enquanto Lula aparece com 39,5%. A diferença de sete pontos consolida a tendência de alta do ex-ministro da Infraestrutura, que já cresceu mais de seis pontos percentuais desde agosto.
Além de Tarcísio, Lula seria derrotado por Ratinho Jr. (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União Brasil), Michelle Bolsonaro (PL) e também pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso este consiga reverter sua inelegibilidade junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A única exceção é contra Romeu Zema (Novo-MG). Neste cenário, Lula lidera com 40,6% das intenções de voto, ante 38,8% do governador mineiro — um empate técnico dentro da margem de erro.
Alta rejeição impacta desempenho de Lula
Outro dado sensível ao Planalto é o índice de rejeição. Lula é o mais rejeitado entre os nomes testados: 49,8% dos entrevistados afirmam que não votariam nele em hipótese alguma. Na sequência estão Jair Bolsonaro, com 39,4%, e Michelle Bolsonaro, com 27,6%.
A pesquisa também revelou a influência dos padrinhos políticos. 44% dos entrevistados afirmam que não votariam em um candidato apoiado por Bolsonaro, enquanto 24,8% garantem voto certo em um nome indicado por ele.
Os dados foram colhidos entre 4 e 8 de novembro, com 2.000 entrevistas realizadas por telefone, margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Cenário de fragmentação favorece oposição
O desempenho de nomes como Tarcísio, Michelle e Ratinho evidencia o grau de dispersão dentro da direita, mas também a força desse campo político na corrida presidencial.
Mesmo diante de possíveis divisões, o levantamento sinaliza que a base bolsonarista ainda tem tração eleitoral, e que o eleitorado segue polarizado, porém com maior desgaste do lado governista.






