
Foram registrados 174 mil casos, impulsionados por sites e perfis que reproduzem visual, linguagem e até atendimento de lojas reais. A alta acompanha uma transformação global no cibercrime; tendências mapeadas pelo Gartner mostram que grupos mal-intencionados passaram a usar inteligência artificial e identidades de máquinas para construir páginas e mensagens cada vez mais convincentes. É um terreno fértil para táticas que, como explica Félix Lauzem, Gerente de Cibersegurança da SEK, surgem adaptando-se a diferentes contextos e perfis de vítimas e resultam em sites falsos que são réplicas quase perfeitas das páginas oficiais.
Criminosos mais sofisticados nos golpes
A naturalidade desses golpes não é acidental. Segundo Lauzem, trata-se de uma cadeia coordenada de ações, em que criminosos chegam a contatar vítimas alegando compras inexistentes para obter novos dados ou até realizar roubos. Para ele, diante desse nível de sofisticação, o primeiro filtro continua sendo o do próprio usuário: ao receber uma oferta tentadora, o caminho mais seguro é acessar diretamente o site oficial da empresa ou do banco, evitando links e mensagens que chegam por canais informais.
No lado das empresas, a resposta precisa ser igualmente ativa. Lauzem destaca a importância de investir em mecanismos de detecção proativa e agir rápido para derrubar domínios suspeitos de golpes, além de reforçar treinamentos internos e campanhas de conscientização. A prevenção, segundo ele, é decisiva, já que essas fraudes tendem a se intensificar em períodos como a Black Friday e as promoções de fim de ano.






