A temporada de descontos mais aguardada do ano é também uma das mais perigosas. Com a Black Friday se aproximando, o número de transações online aumenta, assim como as tentativas de fraude. Segundo a FICO, líder mundial em prevenção a golpes, este é um dos momentos mais críticos do ano para o comércio eletrônico e o sistema financeiro.
Dados da Febraban revelam que o prejuízo com fraudes financeiras no Brasil alcançou R$ 10,1 bilhões em 2024, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Além disso, entre a quinta e o domingo da Black Friday de 2024, houve cerca de 28,5 mil tentativas de golpe, somando um valor potencial de R$ 45 milhões.
A Black Friday 2025, prevista para o dia 28 de novembro, deve alcançar R$ 13,34 bilhões em vendas, segundo estimativa da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). O dia promete movimento intenso e também um aumento nas tentativas de fraudes digitais.
É o momento em que o consumidor está mais vulnerável: cansado, confiante e com pressa de não perder a oferta. O golpe perfeito acontece quando a vítima está relaxada, afirma o perito internacional em crimes digitais e CEO da Enetsec, Wanderson Castilho. Segundo o especialista, esses são os golpes mais comuns:
- Troca de QR Code no checkout. Antes de confirmar o Pix, verifique se o nome e o CNPJ exibidos na tela correspondem exatamente ao da loja. Se aparecer um nome estranho, abreviado ou pessoal, cancele na hora.
- Phishing. O phishing usa uma armadilha simples, fazendo a vítima entregar seus próprios dados. Os criminosos enviam e-mails, mensagens ou criam cópias perfeitas de sites famosos para convencer o usuário a digitar login, senha e dados do cartão.
- Links falsos no WhatsApp. Durante a Black Friday, o WhatsApp também vira terreno fértil para armadilhas. Links prometendo cupons e descontos irreais circulam em grupos e conversas privadas.
- Promoções irreais. Ofertas muito abaixo do mercado e chamadas de “últimas unidades” buscam acelerar o impulso de compra. Para se proteger, compare preços em mais de um site e verifique as avaliações e histórico do vendedor antes de fechar.
- Perfis falsos nas redes sociais. A orientação para o consumidor é simples: basta olhar os detalhes, como data de criação da conta, comentários, marcações e número de seguidores.






