A ação iniciada pela CVM visa verificar se houve violação das regras de divulgação de informações ao mercado. Além do diretor-presidente, a investigação também inclui o CFO da Azul, Alexandre Malfitani, que participou das entrevistas avaliadas pela autarquia.
Em meio à repercussão da notícia, as ações da Azul recuavam 2,83%, negociadas a R$ 1,03, por volta das 14h15.
Entenda a ação contra o CEO da Azul (AZUL4)
Segundo o documento disponibilizado pela CVM, a investigação teve início após análise de declarações feitas em 2024, quando o CEO da Azul citou uma expectativa de receita de R$ 20 bilhões para aquele ano. O executivo também mencionou a possibilidade de geração de R$ 1 bilhão de receita adicional em 2025 vinculada a um plano estratégico da companhia.
A autarquia explica que o processo é um procedimento administrativo sancionador, mecanismo utilizado para apurar potenciais infrações às regras do mercado de capitais. Essa etapa não envolve o Judiciário e segue um rito próprio que assegura direito de defesa e transparência ao investigado.
O CFO Alexandre Malfitani também foi incluído no procedimento, já que participou das entrevistas avaliadas. Segundo o documento, a apuração busca entender se as projeções apresentadas ao público representaram uma divulgação indevida de informações relevantes.
Em nota, a Azul (AZUL4) informou que tem ciência do processo administrativo aberto pela CVM em outubro de 2025. “A companhia reitera o compromisso com a transparência e com o cumprimento das legislações vigentes e permanece à disposição da Comissão para os esclarecimentos necessários”, destacou a aérea.
