Atualmente, existem quase 90 ETFs operando no Brasil, mas apenas uma pequena fração deles adota a estratégia de distribuir dividendos mensais aos cotistas.
Para aqueles que buscam renda passiva, mas não têm a capacidade de gerenciar sua própria carteira de ações, os ETFs de dividendos mensais no Brasil surgidos a partir de setembro de 2023 se tornam aliados importantes para investidores individuais.
O Investidor10 apurou que ao menos quatro ETFs brasileiros possuem a estratégia de remunerar cotistas com dividendos mensais, investindo em ações brasileiras e, em alguns casos, até em ações americanas.
Todos os fundos de índices negociados na B3 listados a seguir têm um histórico recente na bolsa de valores e seguem metodologias consistentes de investimento em empresas sólidas.
1. BEST11
O Investo Brazil BESST Quality ETF (BEST11) é o mais novo ETF de dividendos mensais no Brasil, lançado em setembro de 2025, com capitalização de apenas R$ 10 milhões. O primeiro provento será pago no dia 8 de dezembro de 2025, com data-com marcada para 1º de dezembro de 2025.
A partir de então, o BEST11 terá um calendário de proventos mensais durante 2026, de acordo com informações da Investo, gestora responsável pelo fundo.
Esse investimento pretende acompanhar o desempenho de empresas brasileiras nos setores considerados essenciais e de alta qualidade (BESST): Bancos, Energia, Saneamento, Seguros e Telecomunicações, com pagamentos de dividendos mensais.
As principais posições do BEST11 incluem:
- Axia Energia (AXIA3): Peso de 10,25%
- Bradesco (BBDC4): Peso de 9,04%
- BTG Pactual (BPAC11): Peso de 8,99%
- Sabesp (SBSP3): Peso de 8,86%
- Itaú (ITUB4): Peso de 8,74%
- Banco do Brasil (BBAS3): 8,34%
- Equatorial (EQTL3): Peso de 8,22%
- Telefônica Brasil (VIVT3): Peso de 4,98%
- BB Seguridade (BBSE3): Peso de 4,43%
- TIM (TIMS3): Peso de 3,85%
2. NDIV11
Com dividend yield de 7,70% nos últimos 12 meses, o NDIV11 procura replicar o desempenho do índice Ibov Smart Dividendos, que seleciona empresas brasileiras com um histórico consistente de pagamento de proventos nos últimos seis anos e que fazem parte do Ibovespa.
Como os dividendos das empresas investidas não são homogêneos, os pagamentos do NDIV11 também não têm previsão exata, com o dividend yield mensal variando de 0,2% a 1,2%.
3. DIVD11
Sob a gestão do Itaú, o It Now IDIV Renda Dividendos ETF (DIVD11) também paga proventos mensais aos cotistas, investindo em ações brasileiras, e seguindo o famoso índice IDIV, que reúne as melhores empresas pagadoras de dividendos.
Nos últimos 12 meses, as cotas do DIVD11 valorizaram-se em 8,30%, já incluindo a reinversão dos dividendos, e apresentaram um dividend yield de 7,75%.
4. SPYI11
Diferente dos ETFs anteriores que investem apenas no Brasil, o Buena Vista US High Income ETF (SPYI11) gera dividendos mensais ao replicar o desempenho das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, seguindo o índice acionário S&P 500.
O SPYI11 apresenta um dividend yield de 12,69%, embora suas cotas acumulem um desconto de 8,68% nos últimos 12 meses.
Vale mencionar que a renda do SPYI11 deriva, principalmente, de uma estratégia de opções, resultando no que são chamados de “dividendos sintéticos”.
De maneira simplificada, a operação consiste na compra de um determinado ativo, neste caso, o índice americano, e na venda de um contrato que dá o direito de compra desse ativo por um preço previamente acordado, remunerando o vendedor da opção com um prêmio.







