Por isso, a empresa tem buscado formas não só de aumentar suas receitas como também entregar novas opções aos investidores. Nesta semana, a companhia lançou o programa Regime Fácil, que vai derrubar algumas das regras que impedem que empresas menores alcancem o mercado de capitais.
De acordo com a companhia, a partir de janeiro de 2026, empresas com faturamento anual de até R$ 500 milhões poderão listar suas ações na bolsa. Para ter acesso ao balcão, as companhias deverão preencher requisitos mais flexíveis e se registrar na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Neste modelo, as empresas poderão fazer ofertas tradicionais de ações e também captar até R$ 300 milhões por ano sem a necessidade de um coordenador líder. Os papéis serão negociados no mesmo ambiente que as grandes companhias, mas serão identificados como uma empresa de menor porte, de acordo com as regras impostas pelo novo programa.
As empresas de menor porte terão uma alternativa para acessar investidores e captar recursos, com regras e custos proporcionais à sua realidade, seja por meio de ações ou de títulos de dívida. Existe uma demanda represada por financiamento em empresas menores e fora dos grandes centros; o Fácil chega justamente para destravar esse potencial, ampliando a diversidade de emissores e fortalecendo todo o mercado, explica Flávia Mouta, diretora de Emissores e Relacionamento da B3.
A companhia que organiza a bolsa brasileira diz que, para os investidores, não deve mudar muita coisa, mas sim aumentar as possibilidades de investimentos no balcão. Além disso, por ser uma categoria menos regulada, não significa que o nível de segurança e transparência das informações será diferente.
Para os investidores, o Fácil mantém salvaguardas importantes, mesmo com a simplificação regulatória, como auditoria independente e transparência de informações. Além do acesso a uma nova gama de ativos, os investidores terão a oportunidade de investir mais cedo em empresas com alto potencial de valorização, ampliando a diversificação do portfólio, comenta Mouta, diretora da B3.






