
No Banco Master, o capital subiu de R$ 1,167 bilhão para R$ 1,586 bilhão, um acréscimo de R$ 419 milhões. Já na Will Financeira, que opera como Will Bank, o aumento foi de R$ 370 milhões para R$ 788 milhões.
As medidas ocorrem em meio às tentativas de Daniel Vorcaro, controlador do grupo, de evitar uma possível intervenção do Banco Central. O empresário busca alternativas para reforçar o balanço das instituições e reduzir o risco de liquidação.
Entenda o aumento de capital do Banco Master
Desde setembro, quando o Banco Central barrou a aquisição de parte dos ativos do Banco Master pelo BRB, a instituição financeira vem sofrendo pressões regulatórias. Na ocasião, apesar de ajustes no tamanho da operação, a autoridade monetária manteve preocupações em relação à sucessão dos CDBs emitidos pelo Master.
Nos últimos anos, o banco cresceu rapidamente com uma estratégia de captação considerada agressiva, oferecendo CDBs com rendimentos acima da média do mercado e protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Entretanto, uma parte relevante dos ativos do banco é composta por investimentos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas com dificuldades financeiras.
De acordo com o balanço de 2024, o Master tinha R$ 12,4 bilhões em CDBs a vencer até o fim daquele ano, em comparação a R$ 18,3 bilhões em ativos totais. O estoque geral de CDBs e CDIs alcançava R$ 49,8 bilhões. Em caso de quebra, o FGC poderia ser acionado para cobrir aplicações de até R$ 250 mil por investidor.
No caso do Will Bank, a instituição digital também enfrenta desafios financeiros. No primeiro semestre de 2025, registrou prejuízo de R$ 244,7 milhões, com R$ 14,36 bilhões em ativos. Parte dos recursos, cerca de R$ 7,44 bilhões, está concentrada em operações de crédito.
O banco digital atraiu o interesse do apresentador Luciano Huck, que considerou a compra de uma participação na instituição, também controlada pela dona do Banco Master.






