Os cinco maiores bancos da B3 – Itaú (ITUB4), BTG Pactual (BPAC11), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) – tiveram um lucro acumulado de R$ 30,4 bilhões no terceiro trimestre de 2025.
O resultado, embora expressivo, foi inferior ao do mesmo período do ano passado, quando o lucro combinado desses bancos chegou a R$ 32,2 bilhões.
O recuo de aproximadamente 5,8% reflete a situação desafiadora do Banco do Brasil, que viu seu lucro cair 60,2% nesse período, devido ao aumento da inadimplência no setor agro e das provisões.
Os demais grandes bancos da B3 apresentaram resultados positivos. O lucro do BTG, por exemplo, cresceu 41,5% em comparação com o mesmo período de 2024, impulsionado por receitas recordes em quase todos os segmentos do negócio e maior rentabilidade.
O Bradesco também teve um aumento de 18,8% em seu lucro em relação ao ano anterior, seguindo seu plano de reestruturação.
O Santander superou as expectativas, com um resultado 9,4% maior, beneficiado por receitas crescentes, despesas controladas e maior eficiência.
O Itaú também obteve um lucro recorde, apresentando um crescimento de 11,3% em relação ao ano anterior, consolidando-se como o banco mais lucrativo na bolsa.
O Banco do Brasil, por sua vez, caiu novamente na classificação dos maiores lucros do setor bancário da B3, sendo superado pelo Bradesco e também pelo Santander.
Veja o lucro dos bancões da B3 no 3T25:
- Itaú: R$ 11,9 bi;
- Bradesco: R$ 6,2 bi;
- BTG Pactual: R$ 4,5 bi;
- Santander: R$ 4,0 bi;
- Banco do Brasil: R$ 3,7 bi.
ROE
O Banco do Brasil apresentou o menor ROE (retorno sobre o patrimônio) do setor bancário, sendo o único a registrar um valor de apenas um dígito.
O ROE do Banco do Brasil caiu de 21,1% no terceiro trimestre de 2024 para 8,4% no mesmo período deste ano. A instituição espera alcançar um “dígito duplo baixo” no quarto trimestre e um “dígito duplo médio” em 2026.
Os demais bancos já registram ROEs em “dígitos duplos altos”. O BTG, por exemplo, obteve um ROE recorde de 28,10% no terceiro trimestre, mas indicou que pode ser desafiador superar esse patamar, considerando uma possível acomodação do indicador em 2026.
O Itaú busca manter um ROE acima de 20% em 2026, enquanto Santander e Bradesco também trabalham para atingir esse nível.
Compare o ROE dos bancões da B3 no 3T25:
- BTG Pactual: 28,1%;
- Itaú: 23,3%;
- Santander: 17,5%;
- Bradesco: 14,7%;
- Banco do Brasil: 8,4%.
Ações e valor de mercado
Diante desses resultados, Itaú e BTG Pactual continuam a se valorizar na bolsa e na preferência dos analistas.
As ações preferenciais do Itaú (ITUB4) já subiram mais de 50% no acumulado de 2025. O banco superou os R$ 400 bilhões em valor de mercado, chegando a valer mais que a Petrobras (PETR4) em alguns momentos. A estatal, no entanto, já alterou essa situação.
As Units do BTG (BPAC11) quase dobraram de valor neste ano, tornando o BTG o segundo banco mais valioso do país, atrás apenas do Itaú.
Bradesco, Banco do Brasil e Santander seguem na sequência, mas com desempenhos distintos: BBDC4 subiu mais de 70% e SANB11 cresceu cerca de 40% em 2025.
Por outro lado, BBAS3 renovou suas mínimas históricas recentemente, apresentando uma queda de quase 7% no acumulado deste ano.
Veja o valor de mercado dos bancões da B3, no fechamento de 13 de novembro:
- Itaú: R$ 410,7 bi;
- BTG Pactual: R$ 207,1 bi;
- Bradesco: R$ 19,3 bi;
- Banco do Brasil: R$ 128,9 bi;
- Santander: R$ 125,9 bi.






