O rali recente levou os papéis de volta ao patamar de 2022, após dois anos marcados por lucros pressionados e desafios operacionais. Mas agora, analistas veem um cenário mais promissor, com destaque para a retomada da rentabilidade e uma melhor estrutura de geração de receitas.
Recuperação operacional ganha força
Foi a sétima alta consecutiva no lucro trimestral, marcando avanços desde o início do plano de reestruturação lançado em 2024.
Os analistas do Itaú BBA destacaram que “o banco recuperou sua capacidade de geração de receitas, combinando crescimento da carteira de crédito, spreads mais ajustados, avanço nas receitas de serviços e desempenho robusto em seguros”.
Além disso, a unidade de seguros tem se beneficiado de mudanças estruturais no setor de saúde, fortalecendo a estabilidade dos resultados no longo prazo.
Potencial para mais dividendos
As provisões judiciais foram reforçadas e as transações com cartão de crédito voltaram a crescer, sinalizando maior engajamento dos clientes com o banco.
Projeções otimistas para 2026
A expectativa é que o Bradesco entregue em 2026:
- Lucro líquido de R$ 29,5 bilhões
- Crescimento de 7% na carteira de crédito
- Alta de 12% na receita líquida de juros (NII)
- Melhora de eficiência em 200 pontos-base
- ROE médio de 16,6% no ano, chegando a 18% no segundo semestre
Segundo o Itaú BBA, esses números sustentam um crescimento saudável sem comprometer capital ou liquidez, mesmo diante de um cenário ainda exigente para famílias e empresas.
Cenário macro mais construtivo
Para 2026, os analistas mantêm uma visão positiva, apesar de reconhecerem riscos como o aumento da carga de juros sobre as famílias. Mas destacam fatores que jogam a favor do crédito e do consumo, como:
- Ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda
- Mais liquidez nas contas de poupança para o setor imobiliário
- Novas linhas de crédito com desconto em folha para o setor privado






