Com uma valorização acumulada de 23% em 2025, as ações da MRV também fecharam o pregão com alta de 4,81%.
Otimismo com fluxo de caixa e desalavancagem
O otimismo da casa de análise se baseia em uma reunião recente (non-deal roadshow) com Augusto Andrade, diretor de relações com investidores da MRV. Segundo os analistas Gustavo Cambauva e Gustavo Fabris, a companhia está confiante na recuperação da lucratividade e na redução da alavancagem nos próximos trimestres.
Um dos pontos de atenção para a empresa no 3º trimestre foi o impacto negativo causado pelos chamados cheques regionais, especialmente em Manaus, que afetaram os repasses de clientes para os bancos. A expectativa, segundo o BTG, é que com a retomada desses programas regionais, a normalização dos repasses contribua para um fluxo de caixa livre positivo já no 4T25.
Esse cenário abriria caminho para o crescimento do caixa em 2026, considerado essencial para a trajetória de desalavancagem da MRV, conforme os analistas.
Lançamentos e margens em alta
A companhia projeta manter o volume de lançamentos em torno de 40 mil unidades por ano, sem aumento previsto para o curto prazo. A velocidade de vendas segue saudável, beneficiada pelo ambiente positivo do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
O BTG também aponta que a margem bruta da MRV deve seguir em expansão, impulsionada por preços de venda mais altos e custos de construção sob controle. A gestão de estoques, banco de terrenos e alocação de equipes de engenharia foram destacados como diferenciais operacionais que sustentam a produtividade e a eficiência da companhia.
“As margens devem continuar aumentando, com maior produtividade e execução eficiente nos mercados onde a empresa já atua”, escreveram Cambauva e Fabris.
Operação Resia em transição
A operação da MRV nos Estados Unidos, a Resia, segue em processo de redimensionamento. O plano é reduzir o porte da unidade internacional, caminhando para um modelo com menos ativos em carteira.
A meta da MRV é reciclar até US$ 800 milhões em terrenos e projetos nos EUA até 2026, o que, segundo o BTG, está bem encaminhado.