A Berkshire Hathaway (BERK34), holding comandada por Warren Buffett, atingiu uma nova marca histórica de liquidez ao encerrar o terceiro trimestre de 2025 com US$ 381,7 bilhões em caixa.
O valor representa um novo recorde para o conglomerado e reflete uma posição conservadora de alocação, em meio a incertezas nos mercados globais.
Os lucros operacionais da companhia somaram US$ 13,5 bilhões, um crescimento de 34% na comparação com o mesmo período de 2024.
O resultado foi impulsionado principalmente pelo desempenho do setor de seguros, beneficiado por um trimestre com baixo número de desastres naturais, o que reduziu a necessidade de indenizações.
Buffett vende ações e reduz receita com investimentos
DURANTE O TRIMESTRE, a empresa vendeu US$ 6,1 bilhões em ações, sinalizando uma postura cautelosa diante dos preços dos ativos.
Apesar disso, a receita líquida de investimentos da Berkshire recuou 13%, para US$ 3,2 bilhões, impactada por uma queda nas taxas de juros de curto prazo.
O braço de seguros da Berkshire, que inclui operações diretas e de resseguros, voltou a registrar lucro antes de impostos, após prejuízos no mesmo período do ano anterior.
Um dos destaques foi a seguradora Geico, especializada em seguros automotivos, que aumentou sua base de clientes, mas viu o lucro antes de impostos recuar 13% devido à alta nos custos com sinistros.
Buffett não recompra ações pelo quinto trimestre seguido
Mesmo com as ações da Berkshire Hathaway em queda de quase 12% desde maio, quando Warren Buffett anunciou que deixará o cargo de CEO até o fim do ano, a empresa optou por não recomprar ações no trimestre.
Esta é a quinta vez consecutiva em que a holding não realiza recompra de seus próprios papéis, mantendo o foco em preservar caixa.
Os dados da Berkshire Hathaway são acompanhados com atenção pelo mercado, já que o conglomerado possui participações em diversos setores-chave da economia dos Estados Unidos, como seguros, energia, ferrovias, manufatura e serviços financeiros.






