
A Caixa Seguridade (CXSE3) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com resultados acima das projeções e uma mensagem clara ao mercado: sua diversificação e eficiência operacional a colocam entre as companhias mais sólidas do setor financeiro. O lucro líquido gerencial foi de R$ 1,14 bilhão, crescimento de 13,4% na comparação anual e de 9,5% sobre o trimestre anterior, marcando o maior volume trimestral de lucro desde sua abertura de capital.
O avanço foi sustentado principalmente pelos ramos habitacional e residencial, que seguem em trajetória de expansão, e pela retomada das receitas em previdência, consórcios e capitalização. Analistas do BTG Pactual e do BB Investimentos destacaram que a companhia “encaixa bem em todos os cenários” e pode oferecer um dos melhores retornos ajustados ao risco entre as seguradoras listadas.
Crescimento sólido e rentabilidade em alta
As receitas operacionais atingiram R$ 1,51 bilhão, alta de 13,6% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionadas pelos ganhos de participações societárias e pela expansão das comissões — especialmente em consórcios, capitalização e seguros residenciais. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente avançou para 69,2%, aumento de 6,3 pontos percentuais em um ano.
Segundo o BB Investimentos, o trimestre mostrou consistência mesmo com as pressões do setor: “As receitas operacionais alcançaram o maior valor histórico, refletindo o desempenho dos negócios de moradia e a expansão dos produtos de acumulação”, avaliou William Bertan, analista do banco.
A melhora do resultado financeiro também ajudou a sustentar os números. O lucro antes de impostos subiu 12,8% na comparação anual, beneficiado pelo patamar elevado da Selic e pelo aumento do saldo médio de aplicações financeiras.
CXSE3: negócios de moradia e acumulação puxam o resultado
O segmento habitacional registrou R$ 1,02 bilhão em prêmios emitidos, avanço de 10,2% sobre o mesmo período de 2024, impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito imobiliário da Caixa. Já o ramo residencial alcançou R$ 307 milhões, alta de 28,7%, resultado das apólices plurianuais e das campanhas de renovação — como a “Parcela no Bolso”.
A área de previdência privada também se destacou: as reservas somaram R$ 191,9 bilhões, alta de 14,4% em 12 meses, com portabilidade recorde e novas contribuições 5,4% acima do ano anterior. O segmento de consórcios avançou 28,8%, atingindo R$ 6,3 bilhões em cartas de crédito, enquanto a capitalização cresceu 33,3%, com arrecadação de R$ 485 milhões.
Para o BTG Pactual, os negócios de acumulação são hoje o motor de crescimento da companhia: “As contribuições vieram 20% acima do esperado, com forte desempenho em previdência e capitalização. Com crescimento de dois dígitos e dividend yield próximo de 10% em 2026, a CXSE3 é nossa principal escolha no setor”, destacaram Eduardo Rosman e equipe.
Analistas mantêm compra e veem alta de quase 30%
As projeções seguem otimistas. O BB Investimentos manteve recomendação de compra para CXSE3, com preço-alvo de R$ 19,50 até o fim de 2026, o que representa potencial de valorização de 28,7% sobre o último fechamento. O BTG Pactual reiterou visão semelhante, reforçando que o papel combina crescimento previsível, alta rentabilidade e distribuição generosa de dividendos — com yield estimado em 9,5% para 2026.
“Com resultados acelerando e já crescendo a ritmo de dois dígitos, a companhia oferece um dos melhores retornos ajustados ao risco da nossa cobertura”, conclui o BTG.
A Caixa Seguridade (CXSE3) encerra o trimestre reafirmando sua posição como referência em rentabilidade entre as seguradoras listadas, com forte presença nos ramos de moradia e previdência — e um histórico de resultados que reforça o interesse dos investidores no papel.






