A principal criptomoeda do mercado vem passando por um período desanimador. No último mês, o Bitcoin (BTC) acumulou desvalorização de 15%, sendo negociado abaixo dos US$ 100 mil.
Segundo dados do monitor CoinMarketCap, esse é o pior desempenho do ativo desde maio. Nesta sexta-feira (14), ele está sendo negociado a US$ 96,2 mil (ou R$ 508 mil).
Curiosamente, na conversão para o real brasileiro, a criptomoeda apresenta uma queda ainda maior, de quase 14% no ano. Em relação ao dólar dos Estados Unidos, há uma variação positiva de 2,75%, de acordo com os monitores.
O movimento da criptomoeda está atrelado ao apetite dos investidores, que neste momento preferem ativos com menos risco. Diante do shutdown, o mais longo da história dos EUA, eles estão analisando o cenário macroeconômico para decidir onde aplicar seus recursos.
“A venda por grandes investidores isoladamente geralmente não é significativa. No entanto, o que torna a situação atual notável é a falta de suporte de compra suficiente para absorver essas vendas”, afirmou Charlie Shery, chefe de finanças da corretora australiana BTC Markets, ao portal Decrypt. “No início do ciclo, os ETFs e a Strategy ofereciam uma demanda constante. Sem esses compradores, o recente fluxo de vendas parece estar impulsionando a queda constante do Bitcoin que temos visto”, acrescentou.
Apesar da queda brusca, há quem acredite que a criptomoeda não entrou em um ciclo de baixa. Segundo Ki Young Ju, fundador e CEO da empresa de análise de mercado CryptoQuant, um preço específico deve sinalizar que a cripto entrou no chamado bear market.
“Quem entrou no mercado de Bitcoin entre 6 e 12 meses atrás tem um preço médio de investimento próximo a US$ 94 mil. Pessoalmente, não acho que o ciclo de queda esteja confirmado a menos que percamos esse nível. Prefiro esperar do que tirar conclusões precipitadas”, destacou.
Outros criptoativos seguem o mesmo ritmo, conforme mostram dados públicos. O índice CoinDesk20, que reúne as 20 principais criptomoedas do mercado, opera com baixa de 12% no ano, aos 3.100 pontos.
Entre as principais criptos, Ethereum (ETH) opera com recuo de quase 4% no ano, enquanto a Solana (SOL) despenca mais de 25%. A única exceção é a XRP (XRP), que acumula valorização de 10,5% desde janeiro, segundo o monitor.






