O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu pagar dividendos para os americanos com base no dinheiro arrecadado com as tarifas. Trump disse no domingo (9) que um dividendo de pelo menos US$ 2 mil será pago para cada americano, exceto para os de alta renda. Isto é, quase R$ 10,7 mil na cotação atual.
A promessa veio à tona em meio a críticas às tarifas de importação impostas pelo republicano. Trump taxou os principais parceiros comerciais americanos sob o argumento de que era preciso estimular a indústria e a geração de emprego local, além de atrair investimentos para os Estados Unidos.
A estratégia ainda deve gerar uma arrecadação de aproximadamente US$ 300 bilhões por ano para o governo americano.
Há um receio, no entanto, de que as tarifas elevem os preços no mercado local, como já vem acontecendo com as carnes, o que pode pressionar a inflação e os juros americanos.
A Suprema Corte dos Estados Unidos também levantou dúvidas sobre a legalidade das tarifas recentemente.
Diante disso, Trump chamou de “tolos” os críticos das tarifas, em um post feito nas redes sociais no domingo (9). “Estamos arrecadando trilhões de dólares e em breve começaremos a pagar nossa enorme dívida de US$ 37 trilhões. Investimentos recordes nos EUA, fábricas e usinas sendo construídas por todo o país”, disse Trump, antes de prometer o dividendo de US$ 2 mil.
O republicano ainda citou o bom desempenho do mercado de ações americano e disse que os Estados Unidos agora são “o país mais rico e respeitado do mundo”.
Equipe dividida
A promessa de um dividendo de US$ 2 mil por pessoa, no entanto, parece dividir a equipe de Trump. Isso porque o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, sugeriu que há outras formas de distribuir o recurso obtido com as tarifas para os americanos, como cortes de impostos.
“O dividendo de US$ 2 mil pode vir de muitas formas e de muitas maneiras”, disse Bessent em entrevista à “ABC” no domingo (9). Ele alegou que o “verdadeiro objetivo das tarifas é reequilibrar o comércio e torná-lo mais justo”. Contudo, admitiu que ainda não havia discutido a questão dos dividendos com Trump.






