A Comissão Europeia abriu uma investigação contra a Nasdaq (N1D34), operadora de uma das principais bolsas de valores do mundo. O processo também inclui a Deutsche Börse, que organiza o mercado de ações da Alemanha.
O organismo que reúne os países da Zona do Euro quer apurar um possível conluio entre as duas empresas nas negociações de derivativos financeiros. Nasdaq e Börse teriam acordado cláusulas de não competição para a negociação de alguns derivativos, o que vai contra as regras da União Europeia.
Estamos investigando se a Deutsche Börse e a Nasdaq podem ter conspirado para evitar competir pela listagem, negociação e compensação de certos derivativos financeiros. As regras de concorrência ajudam a garantir uma concorrência leal e aberta entre as bolsas financeiras e a assegurar o bom funcionamento da União dos Mercados de Capitais – uma pedra angular para a inovação, a estabilidade financeira e o crescimento no interesse de todos os cidadãos europeus, disse Teresa Ribera, vice-presidente executiva para a Transição Limpa, Justa e Competitiva.
Se for comprovado, este comportamento pode violar as regras de concorrência da UE que proíbem cartéis e práticas comerciais restritivas, diz a nota da entidade. Os acordos anticoncorrenciais e as práticas comerciais restritivas podem conduzir à fragmentação do mercado e afetar, nomeadamente, os preços e a qualidade dos bens e serviços oferecidos, bem como o funcionamento do mercado único.
A investigação é fruto de uma inspeção surpresa realizada em setembro de 2024 nas instalações das duas companhias. Na época, os agentes disseram que não tinham tempo exato para apresentar denúncias sobre as duas empresas.
Não há prazo legal para encerrar uma investigação antitruste. A duração de uma investigação antitruste depende de vários fatores, incluindo a complexidade do processo e o grau de cooperação das partes interessadas com a Comissão e o exercício dos direitos de defesa, afirmaram.
Após a repercussão do caso, as ações da Deutsche Börse, negociadas na bolsa de Frankfurt, despencaram no pregão. Nesta quinta, os papéis terminaram com baixa de 4%, na casa dos 210 euros.






