O fundo imobiliário CPSH11 anunciou que submeteu ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) o pedido de aprovação para a compra do Midway Mall, shopping localizado em Natal (RN), de propriedade do grupo Guararapes (GUAR3), que tem a Riachuelo como principal marca de seu portfólio.

O valor da negociação não foi divulgada pelo fundo, que tem gestão da Capitânia. A transação prevê a compra de 100% das cotas das empresas Midway Shopping Center Ltda. e Midwest Estacionamento Ltda., atualmente detidas pela Riachuelo. Segundo informações do site “Metro Quadrado”, a transação pode chegar a R$ 1,6 bilhão.
Segundo comunicado, a compra será realizada em conjunto com investidores minoritários, cujos nomes não foram divulgados. O Midway é considerado o principal shopping de Natal e do Rio Grande do Norte, com área bruta locável (ABL) de 66,2 mil metros quadrados e área bruta construída de 235,9 mil metros quadrados.
Nos últimos 12 meses até setembro, conforme o fundo, o shopping apresentou receita bruta de R$ 138,0 milhões e NOI de R$ 121,7 milhões, o que representa um indicador de R$ 1.839 por m² de NOI por ABL.
“A operação reforça o compromisso da gestora em adquirir empreendimentos de destaque no varejo nacional, com potencial de valorização e crescimento sustentável no longo prazo”, afirma o comunicado do CPSH11. Dados sobre impacto na receita e na distribuição de dividendos não foram informados.
Fundo imobiliário CPSH11: mais sobre o portfólio
Nos últimos meses, o CPSH11 realizou uma série de transações, como a venda das participações no Catarina Fashion Outlet e no Cidade Jardim, negociadas com o JHSF Malls (JFJF11), fundo imobiliário sob gestão do braço financeiro da incorporadora responsável pela construção de ambos os empreendimentos.
Outras vendas incluíram as participações no shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, e no Complexo Tatuapé, em São Paulo, que foram reposicionados pela compra do Internacional Guarulhos e pelo ajuste na participação no Iguatemi Fortaleza.
Esse ciclo de realocações proporcionou geração de ganhos de capital que deve resultar em ajustes nos próximos dividendos do CPSH11. As negociações devem impactar também os rendimentos do CPTS11, o maior fundo imobiliário da gestora e com forte participação nas cotas do ativo gestor de shoppings.






