No acumulado de 2025, o índice já sobe mais de 27%, com 26 recordes históricos no ano.
O movimento é sustentado por uma combinação estratégica de fatores como o fluxo estrangeiro forte, resultados corporativos robustos, redução dos prêmios de risco e melhora na percepção fiscal.
Além disso, o ambiente internacional também tem favorecido a alocação em ativos de países emergentes, com a expectativa de resolução do impasse fiscal nos EUA e alívio gradual das tensões inflacionárias globais.
Selic alta, inflação sob controle e otimismo com arrecadação
Apesar dos juros elevados, o mercado precifica um ciclo de estabilidade mais prolongado, diante do tom conservador da autoridade monetária.
Ainda assim, o Boletim Focus publicado nesta segunda-feira trouxe estabilidade nas projeções de inflação para 2025, em 4,55%, sinalizando ancoragem das expectativas.
Em paralelo, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçaram o sentimento positivo. Segundo ele, o governo está mais próximo de atingir o centro da meta de déficit fiscal zero, auxiliado por uma arrecadação “vindo bem” e no empoçamento de recursos orçamentários.
Alta concentrada, mas ampla
A recuperação do Ibovespa tem sido puxada por papéis de alta liquidez, com destaque para Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e grandes bancos, mas também conta com rotação setorial em setores sensíveis à curva de juros e confiança doméstica.
Entre as principais altas do dia, destacaram-se:
- Lojas Renner (LREN3): impulsionada pelo alívio nos juros futuros, favorecendo o varejo.
- Raízen (RAIZ4): após o anúncio da venda da Usina Continental ao Grupo Colorado por R$ 750 milhões.
Apetite ao risco impulsiona emergentes
No exterior, o otimismo também prevaleceu. Os mercados de ações reagiram positivamente à possível resolução do shutdown nos Estados Unidos, com os principais índices de Wall Street fechando em alta, com exceção da Nasdaq, que sofreu leve correção após forte performance do setor de tecnologia.
- Dow Jones: +0,16%, aos 46.987 pontos
- S&P 500: +0,13%, aos 6.728 pontos
- Nasdaq: -0,22%, aos 23.004 pontos
Na Europa, o Stoxx 600 avançou 1,42%, enquanto na Ásia, dados inflacionários da China surpreenderam positivamente. A inflação ao consumidor ficou em 0,2%, superando as projeções de estabilidade. O Nikkei subiu 1,26%, e o Hang Seng avançou 1,55%.




