O Itaú (ITUB4) chegou ao seleto grupo de bancos que contam com mais de 100 milhões de clientes no Brasil.
Segundo dados do BC (Banco Central), o Itaú já ganhou quase 1,75 milhão de novos clientes em 2025. Por isso, cruzou a marca dos 100 milhões no terceiro trimestre.
O Itaú é o quarto banco brasileiro a chegar a esse patamar, atrás apenas da Caixa Econômica Federal, do Bradesco (BBDC4) e do Nubank (ROXO34).
E, ao que tudo indica, esse grupo não deve voltar a crescer tão cedo. Isso porque o quinto maior banco do país em número de clientes ainda está bem longe dos 100 milhões.
É o Banco do Brasil (BBAS3), que tinha 80,8 milhões de clientes ao final do terceiro trimestre, segundo dados do BC.
Sinal positivo para o 3T25?
A marca dos 100 milhões de clientes parece reforçar a expectativa positiva para os resultados do terceiro trimestre do Itaú, que serão apresentados no próximo dia 4 de novembro.
O banco registrou lucros recordes nos últimos trimestres e deve seguir ampliando seus resultados, segundo analistas.
A Genial Investimentos, por exemplo, projeta um lucro de R$ 11,8 bilhões para o Itaú no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 2,9% no trimestre e de 10,9% na base anual.
Já a XP trabalha com um lucro de R$ 11,7 bilhões e um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 22,9%.
Para os analistas, a carteira de crédito do Itaú deve seguir em crescimento, apesar da postura mais seletiva adotada pelos bancos diante do cenário econômico de juros altos e inadimplência pressionada.
A alta deve ser puxada pelo segmento de micro e pequenas empresas e pelo crédito consignado privado.
Um crescimento das receitas também é esperado, dado o bom desempenho da unidade de seguros e das atividades no mercado de capitais.
A XP diz, contudo, que a alta das receitas pode ser compensada por maiores despesas, sobretudo trabalhistas. Afinal, o Itaú fez um acordo de indenização milionário com os trabalhadores demitidos no home office.
CEO ainda vê espaço para mais
O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, disse no final de setembro que o banco, de fato, estava no seu melhor momento, tanto em crescimento, quanto em nível de segurança para atravessar momentos de mais volatilidade.
O executivo, contudo, ainda vê oportunidades de crescimento, sobretudo nos segmentos de média e alta renda, pessoa jurídica e mercado de capitais. Por isso, destacou que a palavra de ordem do banco ainda é “crescer”.
A Genial Investimentos acredita, por sua vez, que o Itaú já entrou “em uma nova fase, de expansão do mercado endereçável e consolidação da liderança em múltiplos segmentos”.
“Essa combinação deve sustentar uma vantagem competitiva estrutural, com potencial de expansão gradual do ROE nos próximos anos”, dizem os analistas.






