
O Itaú (ITUB4) se prepara para mais um trimestre de resultados expressivos, com foco em eficiência e digitalização. Segundo analistas da Genial Investimentos, o balanço do 3º trimestre de 2025 deve revelar lucro líquido recorrente de R$ 11,84 bilhões, alta de 2,9% em relação ao trimestre anterior e de 10,9% frente a 2024.
Mesmo levemente abaixo do consenso, o número reforça a força operacional do maior banco privado do país. Com um retorno sobre o patrimônio (ROE) estimado em 22,1%, o Itaú continua a destacar-se entre os grandes bancos em rentabilidade e capitalização.
Os analistas ressaltam que 2025 deve consolidar um ciclo de lucros em dois dígitos e margens elevadas, com ênfase na eficiência e na monetização do ecossistema digital. O banco está reduzindo o número de agências e otimizando seu quadro de funcionários, enquanto acelera a integração e o uso do Super App One Itaú. Essa combinação de tecnologia e disciplina financeira, afirmam os analistas, deve sustentar a vantagem competitiva do banco nos próximos anos.
Crescimento sólido e risco sob controle
A carteira de crédito deve atingir R$ 1,41 trilhão, representando um crescimento de 1,8% no trimestre e 10,6% em relação ao ano anterior, impulsionada por pessoas físicas e PMEs. Embora mais seletivo na originação, o banco mantém a expansão dentro do guidance, preservando a rentabilidade. O custo de crédito deve chegar a R$ 9,3 bilhões, acompanhando o aumento da carteira, e a inadimplência permanece em níveis baixos, embora haja tendência de leve aumento nas linhas empresariais nos próximos trimestres, com o término do período de carência de créditos públicos.
A margem financeira total (NII) é projetada em R$ 31,96 bilhões, uma alta de 12,1% na comparação anual. O destaque permanece na margem com clientes, que cresce acima da carteira, sustentada por spreads maiores e gestão eficiente dos passivos. Já o NII de mercado deve somar R$ 950 milhões, considerado um resultado forte em meio aos juros elevados, fruto de uma tesouraria com estrutura de hedge mais eficiente do que a dos concorrentes.
Super App e eficiência: o novo combustível do Itaú
Apesar das despesas administrativas de R$ 17 bilhões, com um aumento de 6,9% em 12 meses, o banco intensifica o controle de custos, focando no fechamento de agências e na racionalização operacional. A alíquota efetiva de impostos deverá recuar para 29,2%, apoiada pela alta da TJLP e pelo aumento na distribuição de Juros sobre Capital Próprio, o que também ajuda a aliviar a carga tributária.
O Super App One Itaú começa a ganhar tração, iniciando uma fase de monetização digital. A Genial acredita que a integração tecnológica tende a fortalecer a relação com os clientes e expandir o alcance do banco em serviços financeiros e não financeiros. Bem capitalizado, com múltiplos ainda abaixo da média histórica, o Itaú continua sendo a principal recomendação de compra entre os bancos, com preço-alvo de R$ 43,80, representando um potencial de valorização de 17,5%.
O Itaú divulgará o balanço do terceiro trimestre de 2025 no dia 4 de novembro, após o fechamento do mercado.






