Entre julho e setembro, a receita operacional líquida chegou a R$ 3,6 bilhões, queda de 2,3% em comparação ao penúltimo trimestre de 2024. A dívida líquida avançou 6,6% ante junho, totalizando R$ 6,88 bilhões. A distribuidora apresentou volume de 5.480 GWh, retração anual de 5,3% influenciada pelas menores temperaturas. No acumulado de 12 meses, as perdas totais foram de 11.037 GWh (-4,0%).
Os números chegam um mês após o presidente da empresa, Alexandre Nogueira, afirmar que a empresa está pronta para o que vier. Segundo ele, assim que o governo conceder a renovação, a Light vai anunciar o maior programa de investimentos de sua história, embora os valores ainda estejam sob sigilo.
Depois de uma reestruturação de dívida bem-sucedida, a empresa, que segue em recuperação judicial, mostra melhora nos indicadores econômico-financeiros, diz o CEO. Os indicadores de qualidade também evoluíram, o que, de acordo com Nogueira, coloca a Light em posição favorável para garantir um novo contrato de concessão por mais 30 anos.
“Operacionalmente estamos entregando serviço com melhor qualidade. É perceptível isso nos nossos números e também na percepção do consumidor”, afirmou. “O que a gente acredita é que reúne condições. A empresa operacionalmente está entregando serviço, está melhorando o serviço, é perceptível isso nos nossos números…”, disse ele a jornalistas, na sede da empresa.
O executivo destacou que a reestruturação tem sido essencial para restaurar a confiança do mercado e dos reguladores. Se a renovação for confirmada, a Light promete inaugurar um novo ciclo de expansão. “Não posso falar pelo regulador, mas, como agente, posso responder que estamos elegíveis para a renovação”, disse Nogueira a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.
