As bolsas americanas vinham batendo recordes sucessivos até sexta-feira (10), quando o temor de uma nova guerra comercial derrubou os mercados globais.
De acordo com a “CNN”, as famílias americanas nunca investiram tanto na bolsa de valores.
Isso porque 45% de todos os ativos financeiros dos americanos estavam investidos em ações ao final do segundo trimestre, seja por meio de participações diretas ou indiretas, realizadas por fundos e planos de aposentadoria.
As ações também são a escolha de boa parte dos estrangeiros que investem nos Estados Unidos.
Segundo a “Bloomberg”, 32% dos recursos estrangeiros alocados no país estão na bolsa de valores. É o maior patamar desde 1968.
O que explica tanto otimismo?
O aumento das apostas em Wall Street reflete, sobretudo, a expectativa de que os juros americanos vão seguir em queda, o que deve estimular o consumo e as empresas locais.
O Fed (Federal Reserve) reduziu os juros americanos pela primeira vez no ano em setembro, mas ainda vê espaço para dois novos cortes em 2025, devido à fraqueza do mercado de trabalho local.
Além disso, vale lembrar que é nas bolsas americanas que estão listadas as maiores empresas do mundo, o que desperta a curiosidade de muitos investidores.
Analistas dizem, no entanto, que também há riscos em destinar uma parcela tão grande das suas economias para uma mesma classe de ativos.
Afinal, investimentos em bolsa são voláteis e uma queda do mercado poderia afetar as finanças daquelas famílias que colocaram quase a metade das suas reservas em ações.
Nessa sexta-feira (10), por exemplo, as bolsas americanas derreteram diante do temor de uma nova guerra comercial entre Estados Unidos e China.
O receio veio à tona depois que o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa adicional de 100% sobre a China, em resposta à decisão chinesa de impor barreiras à exportação de materiais críticos.
5 ações estão subindo mais de 100% no ano
Apesar do baque, algumas ações americanas ainda estão subindo mais de 100% no acumulado de 2025, para a sorte dos investidores que apostaram nesses papéis.
Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, a lista das maiores altas do ano inclui sobretudo ações ligadas à tecnologia e à IA (Inteligência Artificial), como a Micron Technology (MU).
O estudo considerou as ações listadas no S&P, o índice que mede o desempenho das 500 maiores empresas americanas de capital aberto.
Veja as ações que mais subiram no ano no S&P:
- Robinhood Markets (HOOD): 272,9%;
- Seagate Technology (STX): 148,4%;
- Palantir Technologies (PLTR): 131,9%;
- Newmont Corporation (NEM): 128,7%;
- Micron Technology (MU): 115,7%;
- Western Digital Corporation (WDC): 93,5%;
- GE Vernova (GEV): 83,8%;
- Lam Research (LRCX): 81,8%;
- AMD (AMD): 77,9%;
- SuperMicro (SMCI): 73,4%.






