Na contagem regressiva para o lançamento de versões genéricas do Ozempic, a Hypera (HYPE3) é a que se destaca. Essa é a opinião do Bradesco BBI, que elevou sua recomendação de compra para os papéis da farmacêutica brasileira.
Os analistas do banco de investimentos definiram um preço-alvo de R$ 28 para as ações da companhia, indicando uma potencial alta de 30% em relação ao valor atual. Nesta sexta-feira, o ticker é negociado a cerca de R$ 22, com alta de quase 2% no dia, conforme dados da B3.
O BBI ressaltou que a entrada da empresa no setor de genéricos de semaglutida foi um dos motivos que levaram à elevação da recomendação. Além disso, a eficiência na gestão do capital de giro também favorece a Hypera, que possui valor de mercado aproximado de R$ 20 bilhões na bolsa.
Embora existam outros concorrentes que podem se beneficiar da queda da patente da Novo Nordisk, os analistas enfatizaram que a Hypera foi a primeira a formalizar um pedido à Anvisa para a produção do medicamento. A expectativa é que a agência reguladora priorize o pedido da companhia em relação a suas concorrentes EMS e Eurofarma.
Os analistas também destacaram os resultados financeiros da empresa, que têm surpreendido o mercado.
“A venda de Ozempic/Wegovy atingiu R$ 4,9 bilhões nos últimos 12 meses até setembro, crescendo mais de 30% em relação ao ano anterior e representando cerca de 6% do mercado endereçado de R$ 80 bilhões da Hypera”, aponta o relatório. “A companhia também conseguiu atingir a meta de 60 dias para recebimento de contas, sem impactos significativos em seu desempenho de vendas, que cresceram em linha com o mercado endereçado durante o período”, acrescenta.
Mesmo com a queda significativa observada em agosto, a empresa continua a atender os seus investidores. No acumulado deste ano, as ações apresentam uma valorização de 20%, segundo dados da B3.






