O reinado do Nubank (ROXO34) e do Itaú (ITUB4) na lista de empresas mais valiosas do país não durou muito.
É que a Petrobras (PETR4) já retomou o posto de empresa com maior valor de mercado da B3 e do Brasil.
O vai e vem das ações
O Nubank havia superado o valor de mercado da Petrobras em 28 de outubro. Dois dias depois, foi a vez do Itaú deixar a estatal para trás, impulsionado pela expectativa de um lucro recorde e dividendos generosos no terceiro trimestre.
Contudo, a estatal disparou na bolsa depois disso, apoiada por notícias positivas de todos os tipos. Por isso, só ficou atrás do bancão por quatro pregões e também já superou o banco digital.
Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, a Petrobras voltou a ser a empresa mais valiosa da B3 em 5 de novembro.
No fechamento daquele dia, a Petrobras era avaliada em R$ 411,1 bilhões e o Itaú, em R$ 408,9 bilhões.
Contudo, essa distância cresceu nos últimos dias. Tanto que, no fechamento dessa quinta-feira (13), a estatal já ostentava um valor de mercado de R$ 434,9 bilhões. Isto é, cerca de R$ 24 bilhões a mais que o banco, avaliado no momento em R$ 410,7 bilhões.
Com o salto, a Petrobras ainda retomou do Nubank o título de empresa mais valiosa do Brasil. Isso porque o atual valor de mercado da petrolífera corresponde a US$ 82,3 bilhões, mas o banco digital era avaliado em cerca de US$ 76,4 bilhões na manhã desta sexta-feira (14), segundo a Nasdaq.
Vale lembrar, contudo, que a Petrobras ainda está longe da sua máxima histórica. Afinal, chegou a ser avaliada em R$ 569 bilhões em fevereiro de 2024.
O que impulsionou a Petrobras?
A Petrobras retomou o título de empresa mais valiosa da B3 antes mesmo de superar as expectativas do mercado ao apresentar um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre e liberar R$ 12,2 bilhões em dividendos.
Afinal, a empresa já vinha em alta na bolsa antes disso. O momento positivo começou em 3 de novembro, quando a empresa abriu um PDV (Programa de Demissão Voluntária) para cortar cerca de 1.100 funcionários que já se aposentaram pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Depois disso, ainda veio a notícia de que a 3ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro que faria a empresa pagar uma indenização de R$ 2,9 bilhões.
Os resultados e os dividendos do terceiro trimestre, portanto, só reforçaram a alta das ações, assim como o maior apetite dos investidores estrangeiros pelas ações brasileiras.
Contudo, vale lembrar que ainda há um ponto de atenção para os investidores da Petrobras: o plano de negócios que deve ser apresentado no próximo dia 27 de novembro, com metas de produção, investimentos e dividendos para o período entre 2026 e 2030.
O plano é muito aguardado pelo mercado, pois deve indicar as perspectivas de geração de caixa e retorno aos acionistas da petrolífera nos próximos anos.
Nessa quinta-feira (13), por exemplo, novos rumores de que a companhia vai cortar investimentos devido ao recuo dos preços internacionais do petróleo circularam no mercado. Contudo, a empresa emitiu um comunicado, esclarecendo que o plano ainda está “em processo de análise e aprovação”.
Além disso, vale lembrar que as perspectivas para o Nubank e o Itaú também seguem positivas. Por isso, no vaivém das ações brasileiras, resta ver como ficará o ranking das empresas mais valiosas do país e da B3 daqui para a frente.
Veja as 10 empresas mais valiosas da B3, em 13 de novembro:
- Petrobras (PETR4): R$ 434,9 bi;
- Itaú (ITUB4): R$ 410,7 bi;
- Vale (VALE3): R$ 298,0 bi;
- BTG Pactual (BPAC11): R$ 207,1 bi;
- Ambev (ABEV3): R$ 214,8 bi;
- Bradesco (BBDC4): R$ 191,3 bi;
- Weg (WEGE3): R$ 188,1 bi;
- Axia Energia (AXIA3): R$ 143,1 bi;
- Itaúsa (ITSA4): R$ 130,9 bi;
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ 128,9 bi.
O Nubank não aparece nessa lista pois está listado em Nova York. Contudo, considerando todas as empresas brasileiras e a cotação em dólares, o roxinho aparece como a terceira empresa mais valiosa do país no momento, atrás da Petrobras e do Itaú, segundo o site “Companies Market Cap”.
