As ações da PetroRecôncavo (RECV3) estão entre as maiores quedas do Ibovespa nesta sexta-feira (7), despencando após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre que decepcionaram o mercado.

A PetroRecôncavo reportou um lucro líquido de R$ 121,9 milhões entre julho e setembro, uma queda de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 49% em comparação ao segundo trimestre deste ano. A receita líquida totalizou R$ 786,3 milhões, com recuo de 8% na comparação anual. O Ebitda foi de R$ 349,9 milhões, apresentando uma redução de 20% frente a 2024.
Cotação RECV3
Gráfico gerado em: 07/11/2025
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Por que os resultados da PetroRecôncavo (RECV3) decepcionaram?
Os resultados da PetroRecôncavo ficaram levemente abaixo das estimativas do Itaú BBA, mas próximos ao consenso do mercado.
O banco destacou que o trimestre foi afetado por “reparos em poços, gastos com a integridade dos ativos e menor produção no campo de Tiê”. Segundo o relatório, a produção consolidada caiu 3% em relação ao trimestre anterior, enquanto os custos de extração aumentaram 12%, atingindo US$ 15,5 por barril equivalente.
O Itaú BBA também ressaltou que o investimento acumulado nos nove primeiros meses de 2025 atingiu R$ 796 milhões, representando 104% da previsão anual da empresa.
Ainda segundo o relatório, a produção em outubro foi de 24,9 mil barris equivalentes de óleo por dia, uma queda de 4% em relação a setembro, informação que, conforme o banco, pode continuar afetando as ações RECV3.
O BTG Pactual classificou os números como “em linha com as expectativas”, mas destacou uma decepção na qualidade operacional.
O banco observou que os custos de extração subiram 12% no trimestre, impactados por reparos em poços, despesas elevadas com integridade e menor volume de produção. O relatório também mencionou que a produção caiu em outubro devido a “paradas de manutenção e uma interrupção temporária no sistema elétrico”, embora se espere uma recuperação dos volumes em novembro.
Vale a pena investir em RECV3?
Apesar da reação negativa do mercado, o BTG manteve a recomendação de compra para as ações RECV3, com um preço-alvo de R$ 19,00 em 12 meses.
O banco destacou os fundamentos defensivos da empresa, como o baixo nível de alavancagem — 1,0 vez dívida líquida sobre Ebitda — e a sólida cobertura de hedge, com cerca de 50% da produção protegida até 2026 a um preço médio de US$ 65 por barril.
Por sua vez, o Itaú BBA manteve uma visão neutra para os papéis da PetroRecôncavo (RECV3), com um preço-alvo de R$ 16,50 ao final de 2025, citando desafios na manutenção do crescimento da produção e o aumento recorrente dos custos operacionais. A instituição afirmou que as dificuldades em sustentar o avanço da produção têm sido um tema constante nas discussões com investidores.






