Um relatório divulgado na sexta-feira (15) gerou incertezas sobre a continuidade operacional da Marisa (AMAR3). O documento, elaborado pela auditoria BDO RCS Auditores Independentes, analisou o balanço do terceiro trimestre da varejista.
Segundo os auditores, a subsidiria M Serviços, anteriormente chamada de M Cartões, está sendo investigada por emissão na receita tributável, o que agrava a situação da empresa. A Marisa enfrenta ainda diversos processos administrativos e judiciais, complicando sua situação financeira.
No último mês de outubro, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) enviou um ofício à Marisa solicitando a publicação dos balanços trimestrais de 2022 a 2024. O órgão requereu informações sobre subsidiárias da empresa, especialmente relacionadas à M Serviços Ltda.
No 3T25, a Marisa informou que reverteu seu prejuízo, registrando um lucro de R$ 5,8 milhões no período. Esse resultado foi atribuído ao aumento nas receitas e vendas, conforme o documento.
“A gente está muito focado na disciplina da execução. Desenhamos o planejamento estratégico. Então, essa consistência e esse foco na disciplina da execução do plano estratégico que a gente desenhou lá atrás são o mantra pra gente”, disse o CEO da Marisa, Edson Garcia, em entrevista ao InfoMoney.
A Marisa é uma das principais varejistas de moda do Brasil, com lojas em diversos estados. Na bolsa, suas ações são negociadas a cerca de R$ 1,10, apresentando uma queda de quase 30% nos últimos seis meses.
Contudo, os problemas da Marisa não são recentes, já que em 2024 seus credores protocolaram um pedido de falência contra a empresa, que tinha dívidas acumuladas de R$ 882 milhões.
A maior parte dos credores são fornecedores de roupas, que constituem o principal produto vendido pela varejista. Indústrias de calçados também figuram entre os maiores débitos pendentes.






