A Raízen (RAIZ4) comunicou nesta segunda-feira (10) a assinatura de contrato para a venda da usina Continental, localizada em Colômbia (SP), ao Grupo Colorado, em uma operação de R$ 750 milhões. O acordo inclui a transferência da cana própria e dos contratos com fornecedores associados à unidade.
A usina, com capacidade instalada de moagem de aproximadamente 2 milhões de toneladas por safra, será transferida integralmente ao comprador, que também ficará responsável pelos investimentos de manutenção durante a entressafra. O pagamento será feito à vista na conclusão do negócio, sujeito aos ajustes usuais de mercado.
A Raízen destacou que a venda está em linha com sua estratégia de otimizar ativos e aumentar a eficiência operacional. Com a finalização desta e de outras transações em andamento, a companhia passará a operar 24 usinas, totalizando capacidade de moagem de aproximadamente 73 milhões de toneladas por safra.
A conclusão da operação está sujeita à aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), bem como ao cumprimento das demais condições precedentes estabelecidas nos contratos. A Companhia manterá o mercado oportunamente informado sobre eventuais desdobramentos relevantes relacionados ao tema.
Números do 2T25 da Raízen
A moagem de cana chegou a 35,1 milhões de toneladas, frente a 32,9 milhões no mesmo período do ano anterior, impulsionada pelo clima, segundo a prévia operacional do 2º trimestre da safra de 2025/26 da empresa. No acumulado, o volume caiu para 59,6 milhões de toneladas, devido a condições climáticas adversas, queimadas, geadas e à venda de parte da cana.
A produção de açúcar cresceu para 4,78 milhões de toneladas, com mix de 56% de açúcar e 44% de etanol. As vendas de etanol diminuíram para 817 mil m³, enquanto a produção de etanol de segunda geração aumentou para 42,9 mil m³, com destaque para as unidades Univalem, Barra e Bonfim.
Na bioenergia, a cogeração atingiu 755 mil MWh, impactada pela menor disponibilidade de biomassa. Na divisão de distribuição de combustíveis, o volume no Brasil variou entre 7,4 e 7,5 milhões de m³, acima dos 7,0 milhões observados no 2T24/25, impulsionado por medidas de combate ao mercado ilegal.






