A cada 45 dias, os investidores de renda fixa são bombardeados com as apostas do mercado em relação ao novo patamar da taxa Selic. Mesmo com grandes chances de os juros se manterem em 15% ao ano nesta quarta-feira (5), sempre há o que avaliar sobre os rumos do Comitê de Política Monetária (Copom).
E o que mais chama a atenção é o fato dos investidores poderem emprestar dinheiro aos bancos em prazos de vencimento bem mais longos, chegando até 2034, travando um percentual bem acima dos 100% do CDI, ainda cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Por exemplo, o CDB emitido pelo BTG Pactual, pagando 110% do CDI até 2034, pode transformar uma aplicação inicial de R$ 10 mil no montante líquido de R$ 29.560,73, ao passo que um CDB remunerando 100% do CDI retornaria R$ 26.841,85 nas mesmas condições.
Embora a maioria dos economistas espere que o Copom mantenha a Selic em 15% ao ano, já há espaço para cortes da taxa básica de juros a partir de março de 2026, uma vez que o próprio mercado tem melhorado suas expectativas de inflação para os próximos anos.
Por isso, não é coincidência que prazos maiores em títulos de renda fixa atrelada ao CDI estejam dando as caras no mercado, dado que a aposta é que a Selic deverá cair nos próximos meses. Ao mesmo tempo, remunerações elevadas em prefixados (15% a 16% ao ano) e indexados à inflação (IPCA+ 9% e IPCA+ 10% ao ano) também estão em contagem regressiva na virada de ano.






