SNAG11 paga R$ 0,12 por cota e reforça estabilidade

A Suno Asset anunciou uma nova distribuição de dividendos para os cotistas do Fiagro SNAG11 em relação aos rendimentos de setembro. O valor estabelecido é de R$ 0,12 por cota, mantendo o mesmo montante do período anterior e alcançando o maior nível de pagamento dos últimos 24 meses.

A data de pagamento está marcada para 24 de outubro, com direito assegurado aos investidores que possuírem cotas até o fim do pregão em 15 de outubro. Com base no preço de fechamento de R$ 9,54 em 30 de setembro, os dividendos representam um retorno mensal de 1,25%. Em termos anualizados, esse percentual fica próximo a 16%, refletindo um retorno competitivo entre os Fiagros listados na B3.

Os dividendos distribuídos pelo SNAG11 nos últimos 12 meses são os seguintes:

Fatores que sustentam os dividendos do SNAG11

A gestora evidencia dois pilares para o atual nível de distribuição. O primeiro é a manutenção de uma carteira sem inadimplência, com perfil high grade, ampla diversificação setorial e geográfica, e monitoramento contínuo através do Agro Score, sistema da Serasa Experian que avalia o status e o risco de crédito dos tomadores. Essa abordagem busca minimizar perdas e manter a qualidade dos recebíveis.

O segundo pilar é o elevado patamar da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, que favorece a geração de receitas de um portfólio totalmente vinculado ao CDI. Esse contexto possibilitou não apenas cobrir os R$ 0,12 por cota, mas também reforçar as reservas de lucros, ampliando o colchão para garantir a distribuição estável por mais tempo, mesmo em períodos de maior volatilidade.

“Decidimos reservar parte do valor para assegurar a distribuição estável por um período prolongado. Enquanto a taxa de juros permanecer alta, será possível manter esse nível”, afirmou Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, destacando os pilares de previsibilidade e estabilidade na gestão dos fundos listados da empresa.

O fundo passa por um momento positivo no mercado secundário. Após ganhar liquidez em setembro e alcançar a terceira posição entre os Fiagros mais negociados na B3, o SNAG11 tem registrado sua máxima histórica ajustada por proventos. A gestão atribui esse movimento a um ciclo setorial favorável, com previsões otimistas para o clima e a próxima safra, além do reconhecimento do veículo como um elo importante entre mercado de capitais e agronegócio.

Como fundo listado na B3, o SNAG11 proporciona acesso aos produtores para financiamentos de longo prazo destinados a máquinas e infraestrutura, preenchendo lacunas além do custeio, especialmente em um momento em que os recursos do Plano Safra mostram-se insuficientes para a demanda. Em um cenário onde estudos indicam um enfraquecimento do El Niño e um retorno a um regime de chuvas mais estável, o risco produtivo tende a diminuir, valorizando ainda mais o desempenho do SNAG11 no mercado.