Guerra comercial
A China anunciou na quinta-feira (9) controles sobre a exportação de terras raras, minerais essenciais para a fabricação de veículos elétricos e chips.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu, prometendo impor uma tarifa adicional de 100% sobre os produtos chineses e controles de exportação sobre todos os softwares críticos produzidos nos Estados Unidos a partir de 1º de novembro.
O temor de uma guerra comercial derrubou os mercados globais na sexta-feira (10). Ainda assim, a China indicou que não vai recuar.
No domingo (12), um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que o país pode responder às novas tarifas americanas com medidas firmes, porque “não quer uma guerra comercial, mas não tem medo de uma”.
Trump tentou conter a escalada das tensões, afirmando nas redes sociais que não era preciso se preocupar com a China, porque tudo ia ficar bem.
“O respeitável presidente Xi acabou de passar por um momento difícil. Ele não quer uma depressão para seu país, e eu também não. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la”, disse Trump.
O mercado deve continuar monitorando as movimentações dos dois países nesta semana, o que pode causar novas turbulências nas bolsas.
MP dos impostos
No Brasil, os investidores seguem atentos à tentativa do governo federal de equilibrar as contas do próximo ano.
O Congresso Nacional derrubou na semana passada a medida provisória que prometia aumentar a arrecadação federal, alterando a tabela de tributação dos investimentos e elevando os impostos cobrados de bets e fintechs.
O governo busca agora uma forma de compensar essa derrota. Tanto que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou uma viagem aos Estados Unidos para discutir o tema.
Entre as alternativas em consideração estão a taxação das fintechs, o bloqueio de emendas parlamentares e um novo aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Entretanto, a decisão sobre o assunto deve ser anunciada apenas na quarta-feira (15), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna da Itália e deve reunir os ministros para discutir a questão.
Dados econômicos
A semana ainda trará uma série de dados sobre a atividade econômica brasileira.
Como de costume, o Boletim Focus abre a semana, com as projeções do mercado para os principais indicadores da economia nacional.
A expectativa é que os analistas reduzam novamente a previsão de inflação para 2025, dado que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou abaixo do esperado em setembro.
Na sequência, as atenções se voltam para os dados dos setores de serviços e comércio, que serão divulgados na terça (14) e na quarta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), respectivamente.
Na quinta-feira (16), o BC (Banco Central) divulgará o IBC-BR (Índice de Atividade Econômica) de setembro, que é considerado uma prévia do PIB.






