
O resultado da Usiminas foi impactado por uma perda de R$ 2,2 bilhões decorrente de impairment de ativos, resultado da desvalorização de bens ou investimentos da empresa, além de R$ 1,4 bilhão referente à avaliação de recuperabilidade de impostos diferidos. Sem esses efeitos extraordinários, o lucro líquido teria sido de R$ 108 milhões.
O mercado reagiu negativamente à divulgação do balanço. Por volta das 10h40, as ações da companhia caíam 1,01%, cotadas a R$ 4,92, liderando as perdas do Ibovespa.
Resultados da Usiminas (USIM5) no 3T25
Os resultados da Usiminas mostraram um desempenho misto no trimestre. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 434 milhões, com crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas ainda sob pressão.
A margem Ebitda ajustada atingiu 7% entre julho e setembro, alta de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. A receita líquida totalizou R$ 6,6 bilhões, uma queda de 3% na comparação anual, mas ligeiramente acima das estimativas do mercado.
O BTG Pactual classificou o trimestre como “fraco, mas em linha com o esperado”. “A Usiminas apresentou um Ebitda amplamente em linha, de R$ 434 milhões, mas os resultados continuam sob pressão”, destacou o banco. O relatório também ressaltou que a margem do segmento de aço ficou em apenas 5%, a mais baixa entre os pares, refletindo o ambiente desafiador.
O Itaú BBA avaliou o desempenho como estável, observando que o Ebitda ajustado de R$ 434 milhões estava exatamente em linha com a estimativa de R$ 435 milhões da instituição financeira. O banco notou que a melhoria nos segmentos de mineração e aço ajudou a sustentar o resultado.
Números “em linha” com o esperado
Apesar do prejuízo contábil, o desempenho operacional foi considerado consistente. O Itaú BBA apontou que o Ebitda do segmento de aço subiu 7% no trimestre, apoiado por custos menores e volumes 2% superiores. Já na mineração, o Ebitda avançou 13% no trimestre, impulsionado por preços e volumes mais altos.
O BTG observou que o fluxo de caixa livre foi o ponto positivo do trimestre, totalizando R$ 613 milhões, “acima das expectativas e sustentado por uma liberação de capital de giro de R$ 586 milhões, provavelmente não recorrente”.
Segundo o Itaú BBA, a alavancagem financeira da Usiminas (USIM5) permaneceu controlada em 0,2 vez a dívida líquida sobre o Ebitda, sustentada por geração de caixa decente e apreciação do real sobre a dívida em dólar.






