
Lançamentos fortes, vendas firmes e margens controladas
A Cyrela lançou 18 empreendimentos no trimestre, somando R$ 5 bilhões em VGV (100%), sendo R$ 3,4 bilhões de sua parte. Esse resultado elevou o acumulado de 2025 para R$ 9,66 bilhões, representando alta de 105% em 12 meses. O mix também mudou: 58% dos lançamentos foram de alto padrão, 16% do médio e 26% ligados ao Minha Casa Minha Vida.
As vendas líquidas ex-permuta ficaram em R$ 2,46 bilhões, estáveis na base anual, mas 10% acima do 2T25. Quase metade veio de lançamentos do próprio trimestre. O VSO recuou para 50% em 12 meses, reflexo natural do aumento da oferta, ainda assim, permanecendo em patamar elevado para o segmento.
Na parte financeira, a receita avançou 4,8% em relação ao ano anterior, com margem bruta de 33%, praticamente estável. As despesas operacionais subiram para 17,4% da receita, devido ao maior volume de lançamentos e gastos com estandes e mídia. Apesar disso, o lucro líquido alcançou R$ 609 milhões, um aumento de 28,7% na comparação anual, impulsionado também pelas companhias investidas, como Cury e Lavvi.
CYRE3 já subiu 109% no ano. E agora?
De acordo com o relatório, CYRE3 acumula alta de 109% em 2025 e 61,97% em 12 meses, impactando também o IMOB, no qual a ação tem peso superior a 13%. Mesmo com a valorização, o BB Investimentos projeta um potencial de valorização adicional de cerca de 15%, sustentado por lançamentos robustos, operação financeira sólida e geração de caixa de R$ 423 milhões no trimestre, incluindo R$ 251 milhões da redução da posição na Cury.
Para o analista Felipe Mesquita, a posição continua positiva: “Mantemos recomendação de compra para Cyrela, com preço-alvo de R$ 39 ao fim de 2025”.
No curto prazo, o movimento recente pode limitar parte do potencial, mas o BB reafirma que a dinâmica operacional se mantém sólida e sustentada por fundamentos, o que ajuda a responder à pergunta inicial: após o 3T25, CYRE3 ainda oferece oportunidades, mesmo que em menor escala, para aqueles que buscam qualidade no setor.






