O que aconteceu agora?
A barragem de Fundão era de propriedade da Samarco, uma joint venture formada pela Vale e pela BHP.
As mineradoras têm um acordo para compartilhar as responsabilidades relacionadas ao rompimento da barragem, que deixou 19 mortos em 2015 e ainda é alvo de ações judiciais na Inglaterra e na Holanda.
Nesta semana, a Alta Corte da Inglaterra considerou que o rompimento é de responsabilidade da BHP. Por isso, a Vale decidiu elevar as provisões relacionadas ao caso. O impacto estimado da medida foi informado ao mercado nesta sexta-feira (14).
Contudo, a avaliação dos danos e o valor de eventuais indenizações ainda serão definidos pela justiça britânica em um segundo julgamento, que só deve começar em outubro de 2026.
Além disso, a BHP promete recorrer da decisão. A empresa diz que já tem empreendido medidas de remediação e compensação dos danos gerados pelo rompimento. E lembra que, junto com a Vale e a Samarco, firmou um acordo de reparação de danos com o governo brasileiro no ano passado.
Segundo a empresa, mais de 610 mil pessoas já foram indenizadas no Brasil, incluindo cerca de 240 mil requerentes da ação coletiva do Reino Unido, o que deve reduzir o impacto da nova decisão judicial.
A companhia disse ainda que os desembolsos do acordo permanecem alinhados ao plano apresentado no balanço do terceiro trimestre.
O acordo soma R$ 170 bilhões, sendo que R$ 38 bilhões já foram desembolsados pelas empresas, R$ 32 bilhões serão destinados ao pagamento de indenizações e ações reparatórias previstas para os próximos três anos, e os outros R$ 100 bilhões serão transferidos para o governo federal em um prazo de 20 anos.






