A última semana de setembro traz dados importantes para os mercados globais e brasileiros. Entre os principais acontecimentos está a divulgação do índice de gastos de consumo (PCE) dos Estados Unidos, prevista para sexta-feira (26).
O PCE é a métrica escolhida pelo Federal Reserve (Fed) para monitorar a inflação e será revelado em um momento crítico, após o banco central dos EUA iniciar um ciclo de cortes de juros.
O resultado pode fornecer indícios sobre a intensidade da desaceleração da economia americana e o potencial para novos cortes nas próximas reuniões.
Dados nos EUA: inflação, emprego e PIB
Além do PCE, investidores estarão atentos a outros indicadores relevantes:
Pedidos semanais de seguro-desemprego, que servem como um termômetro para a saúde do mercado de trabalho;
Segunda leitura do PIB do 2º trimestre, que pode trazer revisões significativas sobre o crescimento da maior economia do mundo.
Esses dados impactam diretamente as projeções de política monetária e a precificação de ativos de risco, visto que o Fed busca ajustar a taxa de juros para conter a inflação sem provocar uma recessão mais profunda.
Brasil: IPCA-15 e reunião do CMN
No Brasil, os investidores estarão atentos à divulgação do IPCA-15, que é considerado a prévia da inflação oficial.
A expectativa, de acordo com o último Boletim Focus, é de alta, o que pode influenciar as decisões futuras do Banco Central em relação à Selic.
Outro evento relevante será a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), marcada para quinta-feira (25), onde o colegiado poderá discutir questões importantes para a política fiscal e monetária.
Europa e Ásia também no radar
A semana também incluirá a divulgação dos PMIs (Índices de Gerentes de Compras) da Europa, Reino Unido e EUA, que medem a atividade econômica em setores importantes como indústria e serviços.
Além disso, os mercados acompanharão os CPIs (índices de preços ao consumidor) de Hong Kong e do Japão, que auxiliarão na avaliação da pressão inflacionária na Ásia.
Será uma semana repleta de informações, tanto para os investidores que monitoram a economia global quanto para aqueles que observam desenvolvimentos internos.